11 março 2018

Me chame pelo seu nome, uma viagem ao emocional.



A casa onde Elio passa os verões é um verdadeiro paraíso na costa italiana, parada certa de amigos, vizinhos, artistas e intelectuais de todos os lugares. Filho de um importante professor universitário, o jovem está bastante acostumado à rotina de, a cada verão, hospedar por seis semanas na villa da família um novo escritor que, em troca da boa acolhida, ajuda seu pai com correspondências e papeladas. Uma cobiçada residência literária que já atraiu muitos nomes, mas nenhum deles como Oliver. Elio imediatamente, e sem perceber, se encanta pelo americano de vinte e quatro anos, espontâneo e atraente, que aproveita a temporada para trabalhar em seu manuscrito sobre Heráclito e, sobretudo, desfrutar do verão mediterrâneo. Da antipatia impaciente que parece atravessar o convívio inicial dos dois surge uma paixão que só aumenta à medida que o instável e desconhecido terreno que os separa vai sendo vencido. Uma experiência inesquecível, que os marcará para o resto da vida. | André Aciman – Editora Intrínseca – Ano 2017 – 288 páginas – Romance.



O filme é uma grande promessa para o Oscar, porém, hoje pretendo falar sobre o livro que deu origem a esse grande sucesso. Para muitos, “Me chame pelo seu nome” é apenas um romance repleto de dramas e muita nostalgia, já que narra um amor de verão. Confesso que também achei o mesmo, isso antes de ler e imediatamente me apaixonar pela escrita marcante e verdadeira de André Anciman. O autor trata de assuntos que dificilmente ganham espaço no mundo literário, como a sexualidade, a inevitabilidade da paixão juvenil, e as experiências descobertas na adolescência.

O protagonista, Élio, é um adolescente tímido e inteligente que passa a maior parte da sua vida em uma casa de veraneio, nesta mesma casa ele conhece e imediatamente se sente atraído pelo fascinante Oliver, um jovem escritor que está trabalhando em manuscritos sobre Heráclito. A relação dos dois no início é complicada e repleta de hostilidade, mas como dizem, o amor e o ódio andam lado a lado. É impossível não se aventurar nas tentativas falhas do garoto em se manter afastado de Oliver, um homem aparentemente gentil que parece conquistar todos que o conhecem, inclusive os pais de Élio. 

Com o passar do tempo, fica impossível para o garoto esconder a atração latente que existe entre eles, e a partir daí surge um amor quase inocente, daqueles que te fazem suspirar e desejar que não acabe. Eu particularmente, cansei de desejar que não tivesse um fim, afinal, os apaixonados são a representatividade dos adolescentes que lutam contra paixões que parecem impossíveis, e que juntos se aventuram nesse sentimento que para muitos é considerado um "mistério" o amor. Não é à toa que o livro tem conquistado fãs por todo o mundo, não apenas por tratar de assuntos considerados "tabus", mas pela naturalidade e intensidade de cada palavra que fisga o leitor no primeiro contato.

Suspirei encantada com a maneira como o autor descreve a paixão juvenil, as descobertas pessoais que o adolescente faz ao longo do livro, e cada sentimento que ele expressa por seu amado, essa junção torna impossível largar o livro por um minuto. Os protagonistas possuem características e traços singulares de suas personalidades, como Élio e sua paixão por reescrever músicas clássicas no violão, e Oliver com seu vício no pôquer. Os dois me conquistaram de maneiras diferentes a cada capítulo, não é como todo romance onde todo mundo é sempre bonzinho e gentil, nesta obra encontramos personagens reais com defeitos e qualidades reais, o que torna a leitura mais agradável e sincera.

Me chame pelo seu nome é uma viagem no emocional humano, uma descoberta, uma aventura, um amor de verão daqueles que jamais será esquecido. Se você ainda tem dúvidas sobre que livro começar a ler, está na hora de esquecê-las e aventurar-se nesse romance épico e espetacular que promete deixar raízes profundas em seu coração.

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7 Comentários:

Às 11 de março de 2018 às 14:26 , Blogger Eduarda Graciano disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

 
Às 11 de março de 2018 às 16:56 , Blogger Eduarda Graciano disse...

Amei a resenha, Meicy!
Não sei se vc viu, mas eu mesma resenhei esse livro aqui há quase um mês. Tivemos opiniões muito parecidas!
Você chegou a ver o filme? Se não viu, recomendo! É LINDO!
Bjss

 
Às 11 de março de 2018 às 22:52 , Blogger Na Nossa Estante disse...

Oi Meicy, tudo bem? Eu não li o livro, mas a fotografia e a história do filme são ótimas. Acho que por tudo que vc falou do livro, ele foi muito bem adapatado!

Bjs, Mi

O que tem na nossa estante

 
Às 28 de março de 2018 às 15:15 , Blogger Unknown disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

 
Às 28 de março de 2018 às 15:19 , Blogger Unknown disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

 
Às 28 de março de 2018 às 15:39 , Blogger Unknown disse...

Oi Eduarda, ainda não encontrei sua matéria, mas prometo que vou ler, estou curiosa para saber suas opiniões acerca do livro. Assisti o filme recentemente e adorei! Beijos.

 
Às 29 de março de 2018 às 18:23 , Blogger Unknown disse...

Oi Mi! Obrigada por ler a matéria, se você não leu o livro não tem problema, o filme foi muito bem adaptado. Beijos!

 

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