20 fevereiro 2015

Eu mesmo, Josh! - Parte 1


Foram tantos anos que eu fiquei aqui, que eu sinceramente não tenho mais saudades de ninguém nem de nada. Já tentei imaginar o rosto dos meus pais, mas me vem na cabeça pessoas mais altas que eu e sem um rosto - com uma cara lisa como a do Questão, meu herói "detetive" favorito - memórias ao vento, esse era meu pensamento. O padrão familiar que a sociedade ou que a mídia descrevia na TV ou em qualquer outro tipo de lugar era ridículo para mim, afinal, olhe onde eu estou, desde os cinco meses de nascido. A tia Louren - uma senhora de quarenta e nove anos, com seus 2 filhos, Rupert e Ronald ambos com 23 anos de idade. Cabelos bem cuidados até os ombros, eu imagino como ela consegue se cuidar tanto assim quarenta e nove anos e toda essa beleza, olhos azuis boca vermelha como sangue, acho que é batom, SEMPRE ACHEI ISSO. - cuida muito bem de mim, sempre tentando me agradar com presentes que eu mesmo não pediria. Semana passada me deu um iPhone e alguns livros que coloquei na minha Wishlist, no meu caderno de anotações que fica sobre a minha mesa de cabeceira, eu não mereço tudo isso.

SEM MAIS DELONGAS. Meu nome é Josh, tenho 16 anos tenho cabelos ruivos até a altura da nuca, olhos profundamente verdes, com um nariz um pouco avantajado. Me olho no espelho sempre se perguntando "Com quem será que eu pareço, com meu pai ou com minha mãe?". Em momentos que me sobrecarrego - absorto em pensamentos que me prendem no meu próprio EU -   eu resolvia escrever, ou ler é uma alternativa de que eu tinha para descarregar um pouco os meus pensamentos.  Sempre solitário. Meus colegas do orfanato Mills - em Beverly Hills - não me acham o cara ideal para andar com eles - eu leio, escrevo e gosto de estudar e odeio futebol, coisa que eles desaprovam e não aceitam -  mas sempre me diziam "Depois nós te chamamos" quando eu pedia para brincar com eles, ou estava me aproximando. Esse era um dos motivos de que eu preferia estar viajando entre as HQs e livros que eu leio.

Já era noite e eu estava em minha escrivaninha - sempre escrevendo cartas para os meus pais, tentando falar as coisas que eu sempre quis saber, mas o pior é que eu mesmo me enganava elas sempre foram para a minha gaveta. Ouvi uma batida de leve na porta pensei que era a tia Louren com meu Milk Shake de maracujá que eu adoro.
- Meu amor, a tia está entrando - disse tia Louren com uma voz aveludada e um sorriso imenso de grande no rosto - você acha que eu iria esquecer do seu Milk Shake?
- Obrigado tia - lhe dei um beijo e voltei a escrever aquela era a última.
- Josh de novo? Para com isso filho, logo logo você vai fazer 18 e vai pegar o que eles te deixaram e ir embora, esqueça-os - ela sempre dizia isso muito brava. E preocupada comigo, pois a maior parte da minha infância foi perdida e enterrada.
- Ok, vou dormir, BOA NOITE - e ela saiu apagando as luzes do quarto 315 no terceiro andar do orfanato

Preso em uma imensidão de pensamentos, não consegui dormir. Terminei meu livro, abri meu notebook e procurei no GOOGLE pela editora Nova Escrita mandei meu livro e uma mensagem esperando o retorno para saber se eles vão aceitar meu livro.
Meu livro fala de um garoto e uma garota que se conhecem na escola durante a aula de Biologia  quando o professor mandou-os formar dupla juntos. E a partir daí se apaixonaram, só que o tempo é inimigo do amor e ela foi embora para outro país deixando seus sonhos e namorado, em São Francisco, para trás. - Fico pensando se vai ser aceito pelo fato de ser um romance besta, onde minha cabeça só processou a perda e o final é grotesco, é exatamente o que eu queria que acontecesse comigo e com meus pais.

7 meses se passaram.

"Você recebeu um novo e-mail"  - eu estava no jardim de baixo da árvore que eu gostava de ler, quando recebi esta notificação, coloquei o livro de lado e no momento em que eu peguei e digitei a senha e abri meus e-mails. De imediato me surpreendi, pois estava escrito "Seu livro (Quando éramos dois)",  precisei me acalmar é muita tensão. Cara o que eu faço?

"Caro Josh, nós da Nova Escrita ficamos muito feliz de você ter nos escolhido como a sua editora. Toda nossa equipe amou seu livro, é um
a das melhores obras que já vimos, romancistas assim está em falta neste mundo.
Você foi aceito!"


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8 meses depois. Eu estou sendo homenageado numa noite  - homenagem por ser meu aniversário de 18 anos justo na noite de autógrafos.
De repente eu ouço alguém me chamar - mas não era uma pessoa qualquer, ela dizia meu nome - só que quando eu me virei subitamente eu ouvi e vi a pessoa que disse "meu filho".


[CONTINUA]

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4 Comentários:

Às 20 de fevereiro de 2015 às 21:09 , Blogger Joice Ol. disse...

Oi Vitrola, tudo joia?
Eita, que conto em, cara você é tão malvado quando a coisa ta ficando boa tu para, assim não pode haha, muito bom mesmo, parabéns. Vou ficar de olho na continuação;

Beijos
http://intoxicadosporlivros.blogspot.com.br/

 
Às 20 de fevereiro de 2015 às 22:42 , Blogger Unknown disse...

Oi Joi! Tudo e você como vai?
Obrigado hahahahaha DIGAMOS QUE EU GOSTO DE MALTRATAR UM POUCO. Blz fica sim, dia 24/02 em hahaha

Beijinhos

 
Às 23 de fevereiro de 2015 às 15:14 , Blogger Carol Cristina disse...

Oi amigo
Tá aí um lado seu que eu não conhecia, achei super criativa a história!
Ansiosa pela continuação!
Bjs
http://acolecionadoradehistorias.blogspot.com

 
Às 23 de fevereiro de 2015 às 15:42 , Blogger Unknown disse...

Oi amigaaa!
É eu estou revelando agora porque é um lado que eu acho que é bom para as pessoas me conhecerem melhor. Obrigado pela visita e por ter gostado. Amanhã tem a continuação!!! AGUARDEEEE.

Beijos.

 

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