O Livro que não escrevi, Anderson Borges Costa
“A
obra é formada por contos escritos por um autor que escreve sem escrever. A
literatura é um meio e é também um fim; é forma e também conteúdo; é prosa, é
poesia. Os contos aqui (não) escritos são enredos de histórias independentes,
mas também podem ser lidos como partes de um todo que dialoga com cada uma de
suas partes. Neles, o ser humano se apresenta como uma entidade composta de
indivíduos dotados de uma complexidade ingênua, capaz de estabelecer
intertextualidades surpreendentes”. | O
Livro Que Não Escrevi – 160 Páginas – Editora Giostri – Anderson Borges Costa –
Ano 2016.
Em um livro demasiado cheio de contos, que por
sinal são contos muito bem construídos e pensados, Anderson traz à tona
diversos temas e os trata com a maestria, pois os aplica em contos e isso não é
para qualquer autor.
O livro contém trinta e dois contos,
particularmente gostei de todos, contudo, os que mais me chamaram atenção foram
apenas cinco, que são: Segmento de Tempo, Ensaio Acadêmico para o Show, Penso
Logo Existo, Prantos Sem Lágrimas e Urso de Pelúcia. São textos profundos e
reflexivos escritos com sabedoria e criatividade e alguns deles sobre temas
polêmicos.
“As cordas de Aldo começavam a gritar mais alto. Seu grito diminuía a dor dos doloridos. Alguns ao vê-lo, até paravam para ouvi-lo. Poucos o entendiam. Muitos entediavam-se” - Página 123.
A escrita fluida e cativante do autor remete
ao leitor conforto – incluindo a diagramação – e interesse, até mesmo para
aqueles que não estão muito habituados em ler o gênero. Se você quer começar a
ler, sugiro que comece por este livro, ele é uma porta com chave que vai te
surpreender.
“De tão alegre que estava, Aprísio leu, no trago que pedira, a força que precisava para recuperar a alegria, a vontade e a paz. E a fumaça passeava pelo interior de Aprísio, que a devolvia ao mundo filtrada pelos dentes de seu sorriso. E Aprísio pensava: ‘Seria tão bom se outros também pudessem sorrir como eu...’ - Página 92.
Definiria o livro como sendo um mix de
sensações que por sua vez a cada conto nos estimula um certo tipo de sentimento
- e sim, a cada conto um sentimento diferente. Há autenticidade na escrita de
Anderson que o diferencia de qualquer escritor, pois independente do tema, a
forma como são tratados em visão macro, é completa e por mais curtos que são os
contos, eles são plenos e transfere a sensação de conclusão a cada conto lido.
4 Comentários:
Oi Victor!
Não conhecia a obra, mas não me interessei muito. Não gosto tanto de livros de contos, sabe? Não faz muito o meu estilo. Mas que bom que a narrativa é fluída e pessoa como eu bem poderia começar por ele. Não sei se o faria, quem sabe um dia? rs
Beijos
www.lendoeapreciando.com
Oi Kamilla! Tudo bem?
Super indicaria que começasse por este, estou em uma fase eclética com gêneros literários e tenho em surpreendido muito, recomendo que tente algum dia, talvez você também se surpreenda.
Grande abraço,
www.cafeidilico.com
Gosto de livros de contos mas não são meus preferidos, para mim quando mais páginas melhor, mas as vezes é gostoso fazer uma pausa para ler alguns contos.
abraços
Gisela
www.lerparadivertir.com
Oi Gisela! Tudo bem?
É sempre bom ler alguns contos e fugir um pouco de nossos calhamaços! rsrs
Grande abraço,
www.cafeidilico.com
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