27 julho 2017

O Livro que não escrevi, Anderson Borges Costa

“A obra é formada por contos escritos por um autor que escreve sem escrever. A literatura é um meio e é também um fim; é forma e também conteúdo; é prosa, é poesia. Os contos aqui (não) escritos são enredos de histórias independentes, mas também podem ser lidos como partes de um todo que dialoga com cada uma de suas partes. Neles, o ser humano se apresenta como uma entidade composta de indivíduos dotados de uma complexidade ingênua, capaz de estabelecer intertextualidades surpreendentes”. | O Livro Que Não Escrevi – 160 Páginas – Editora Giostri – Anderson Borges Costa – Ano 2016.





 Em um livro demasiado cheio de contos, que por sinal são contos muito bem construídos e pensados, Anderson traz à tona diversos temas e os trata com a maestria, pois os aplica em contos e isso não é para qualquer autor.


 O livro contém trinta e dois contos, particularmente gostei de todos, contudo, os que mais me chamaram atenção foram apenas cinco, que são: Segmento de Tempo, Ensaio Acadêmico para o Show, Penso Logo Existo, Prantos Sem Lágrimas e Urso de Pelúcia. São textos profundos e reflexivos escritos com sabedoria e criatividade e alguns deles sobre temas polêmicos.

“As cordas de Aldo começavam a gritar mais alto. Seu grito diminuía a dor dos doloridos. Alguns ao vê-lo, até paravam para ouvi-lo. Poucos o entendiam. Muitos entediavam-se” - Página 123.


 A escrita fluida e cativante do autor remete ao leitor conforto – incluindo a diagramação – e interesse, até mesmo para aqueles que não estão muito habituados em ler o gênero. Se você quer começar a ler, sugiro que comece por este livro, ele é uma porta com chave que vai te surpreender.

“De tão alegre que estava, Aprísio leu, no trago que pedira, a força que precisava para recuperar a alegria, a vontade e a paz. E a fumaça passeava pelo interior de Aprísio, que a devolvia ao mundo filtrada pelos dentes de seu sorriso. E Aprísio pensava: ‘Seria tão bom se outros também pudessem sorrir como eu...’ - Página 92.



 Definiria o livro como sendo um mix de sensações que por sua vez a cada conto nos estimula um certo tipo de sentimento - e sim, a cada conto um sentimento diferente. Há autenticidade na escrita de Anderson que o diferencia de qualquer escritor, pois independente do tema, a forma como são tratados em visão macro, é completa e por mais curtos que são os contos, eles são plenos e transfere a sensação de conclusão a cada conto lido.

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4 Comentários:

Às 28 de julho de 2017 às 15:35 , Blogger Kamilla Evely disse...

Oi Victor!
Não conhecia a obra, mas não me interessei muito. Não gosto tanto de livros de contos, sabe? Não faz muito o meu estilo. Mas que bom que a narrativa é fluída e pessoa como eu bem poderia começar por ele. Não sei se o faria, quem sabe um dia? rs
Beijos

www.lendoeapreciando.com

 
Às 28 de julho de 2017 às 16:12 , Blogger Unknown disse...

Oi Kamilla! Tudo bem?

Super indicaria que começasse por este, estou em uma fase eclética com gêneros literários e tenho em surpreendido muito, recomendo que tente algum dia, talvez você também se surpreenda.

Grande abraço,
www.cafeidilico.com

 
Às 28 de julho de 2017 às 21:34 , Blogger Ler para Divertir disse...

Gosto de livros de contos mas não são meus preferidos, para mim quando mais páginas melhor, mas as vezes é gostoso fazer uma pausa para ler alguns contos.
abraços
Gisela
www.lerparadivertir.com

 
Às 29 de julho de 2017 às 09:25 , Blogger Unknown disse...

Oi Gisela! Tudo bem?

É sempre bom ler alguns contos e fugir um pouco de nossos calhamaços! rsrs

Grande abraço,
www.cafeidilico.com

 

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