Delírio, Lauren Oliver.
"Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a
pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como
contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o
governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os jovens que esperam
ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento,
sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será
encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela
nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena
tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção
cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem
para proteger as pessoas. Faltando apenas algumas semanas para o
tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são
bastante conhecidos, não há como se enganar — mas, depois de experimentá-los,
ela ainda escolheria a cura? " | Lauren Oliver – Intrínseca – 352 Páginas – Ano 2012 (Originalmente em
2011) – Literatura estrangeira, romance, distopia, infantojuvenil.
Nos EUA do futuro o maior medo de Lena e de
qualquer jovem de sua idade é a volta da praga amor deliria nervosa, uma
doença que leva ao delírio e corrompe a alma humana. Por conta disso, os cidadãos
passam por uma intervenção que promete livrá-los para sempre desse mal. Mas
quando conhece Alex, Lena sente que tudo em que sempre acreditou talvez não
seja exatamente verdade e que a dita perdição, mesmo com um preço, pode ser
mais poderosa do que ela jamais imaginou.
Nem sei do que eu fujo mais: romances
adolescentes ou distopias. Se juntar os dois então, corro mais que o diabo da
cruz. Mas Delírio me chamou a atenção imediatamente quando eu descobri que o
tema da vez era o amor. Achei muito curioso e me perguntei como seria uma
sociedade vivendo sem esse sentimento.
Citando Game
of Thrones: “quanto mais pessoas você ama, mais fraco você é” e me pareceu
incrível e muito criativo imaginar um mundo onde o amor é proibido, porque te
faz mesmo mais fraco, vulnerável e irracional. Deparando-nos com uma história
assim confrontamos o poder desse sentimento... ali, naquela realidade, ele é o
maior mal e inevitavelmente é o maior bem e a única forma de salvar a sociedade
do que ela se tornou. As pessoas vivem entorpecidas e indiferentes e, para os
transgressores, cuja punição é a morte, qualquer sentimento é melhor do que
nenhum.
Esse tema pra mim é muito rico e me fez desejar
que esse livro fosse mais adulto. A meu ver, o que o impede de ser um bom livro
é o romance adolescente, que não foge dos clichês do gênero... tudo muito
rápido e açucarado. Talvez, se eu tivesse dezesseis anos, fosse adorar. Mas não
vou negar que o gostinho do proibido é bom em qualquer situação.
É inevitável para mim, que sou muito fã da
série The Handmaid’s Tale (baseada no
livro O Conto da Aia, que eu resenhei aqui),
não relacionar as duas histórias. O amor, a paixão e qualquer tipo de afeto,
mais cedo ou mais tarde, na visão dos ditadores, corrompem os seres humanos.
Apesar dos defeitos – que aqui se limitam a uma
adulta chata tentando ler uma história que não foi feita pra ela - Delírio faz
refletir, (até) suspirar e ter vontade de sair abraçando todo mundo. Um
sentimento de: não deixem o amor morrer!
Marcadores: Eduarda Graciano, livros, resenha
3 Comentários:
Oie,
Que bom que você gostou do livro, mesmo não sendo a sua praia. Menina, eu realmente amo clichês hahahahha Esses dias vi um filme LGBT com uma pegada bem clichê de filmes americanos teen e chorei horrores.
Abraços.
https://submundosliterarios.blogspot.com/
Ah mas na sua idade (vi no seu blog) eu gostava de filmes/livros adolescentes ainda, viu? kkkk
Mas assim, eu gosto de clichês, mas não desse tipo... romance de YA não é comigo. rsrsrs
Obrigada pelo coment! Beijão!
Oi Eduarda! Adorei a resenha s quero muitoooo ler esse livro, justamente por ser totalmente louca por romances e distopia (diferente de você) rsrsrs fico me perguntando se por trás dessa mulher determinada que foge de romances não há uma menina romântica incurável! Brincadeiras a parte, adorei a matéria e confesso que pretendo muito ler esse livro graças a você rsrsrs Beijos!
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