20 fevereiro 2018

Codinome Lady V, Lorraine Heath.



  "Cansada de rejeitar pretendentes interessados apenas em seu dote escandalosamente vultoso, Minerva Dodger decide que é melhor ser uma solteirona do que se tornar a esposa de alguém que só quer seu dinheiro. No entanto, ela não está disposta a morrer sem conhecer os prazeres de uma noite de núpcias e, assim, decide ir ao Clube Nightingale, um misterioso lugar que permite que as mulheres tenham um amante sem manchar sua reputação.
  Protegida por uma máscara e pelo codinome Lady V, Minerva mal consegue acreditar que despertou o desejo de um dos mais cobiçados cavalheiros da sociedade londrina, o Duque de Ashebury. E acredita menos ainda quando ele começa a cortejá-la fora do clube. Por mais que ele seja tudo o que ela sempre sonhou, Minerva não pode correr o risco de ele descobrir sua identidade, e não vai tolerar outro caçador de fortunas."
 
Falling Into Bed With a Duke  256 Páginas – Gutenberg – Lorraine Heath – Ano 2017 (Originalmente em 2015).


                                                  Codinome Lady V
                                                              


   Minerva Dodger é jovem, mas aparentemente nem tanto para ser solteira. Após várias temporadas de bailes e várias rejeições a pedidos de casamentos de homens interessados em seu dote, ela decide que continuará assim, já que não tem intenção de aceitar se casar por menos do que o amor verdadeiro. 

  “ - Pode me visitar se quiser, meu lorde, mas saiba que de modo algum vou me casar com o senhor.
 - Não vai receber uma proposta melhor.
 - Isso pode mesmo ser verdade, mas duvido muito que eu receba uma proposta pior."

  Mesmo assim, ela não pretende morrer virgem, e recorre ao Clube Nightingale, um lugar onde mulheres iam para encontrar amantes e não precisavam revelar suas identidades.

  Lá ela conhece (ou re-conhece) o belo Duque de Ashebury, que fica encantado pela misteriosa dama e decide que precisa fotografá-la. Na primeira noite nada acontece entre os dois, mas "Ashe" fica obcecado em encontrar a moça e se surpreende ao descobrir - afinal todas as dicas apontam para isso - que ela pode ser uma conhecida: a solteirona de língua afiada Minerva Dodger, que atrai alguns homens por seu dinheiro e espanta muitos com seu jeito nada delicado de ser.

  " É uma tolice, de fato, que o objetivo na vida de uma mulher seja conseguir um marido.
 - Qual é o seu objetivo, então?
 - O que eu quiser que seja." 

  Tentando unir o útil ao agradável, Ashe resolve cortejá-la pois, além de nunca ter conhecido uma garota tão encantadora e corajosa, sua própria situação financeira não está nada boa.





  Preciso dizer primeiro o quanto romances de época fazem e ao mesmo tempo não fazem o meu estilo. Vou tentar explicar... eu amo ler simplesmente pra suspirar, e acho que a grande maioria dos livros desse gênero cumpre o papel, seja ele embalado pelo clichê que for: o libertino redimido, o casal que se odeia, o casamento por conveniência, o amor que nasce de um fingimento, etc. Sério, consigo citar uns dez livros pra cada um desses temas aí. Mas o fato é que eu AMO um clichê romântico e eles são extremamente eficientes para o que eu busco: borboletas no estômago!

  Enfim, mesmo não sendo profundos, tendo os mesmos enredos e personagens de construção duvidosa, eu leio MUITO romance de época.

 Em Codinome Lady V não existe nada de inovador, mas ele cumpre seu papel de aquecer (e acelerar) nossos corações e nos deixar sorrindo que nem bobos.


 A Minerva não é meu tipo favorito de mocinha. Ainda que seja bocuda e ousada - pra mim, qualidades - ela tem aquele aspecto de mocinhas do gênero que eu não gosto, que é o fato de se achar horrorosa. Se acha horrorosa apesar dos lábios carnudos e macios, da pele de pêssego e do cabelo sedoso. Aham, Cláudia. Eu sei que problemas de auto estima existem e não são incomuns mas eu acho zzzZzZzz essas personagens. 

 Apesar disso a gente consegue gostar e torcer por ela, principalmente pela coragem que ela tem de mandar uma banana pra sociedade e seguir seu coração (ou talvez outra parte do corpo) ao decidir que quer experimentar os "prazeres da carne". 

  " - Estou solteira por escolha, porque me recuso a carregar o fardo que é um homem que não me ame. Tenho a sorte de ser abençoada com pais que não acreditam que meu único objetivo na vida é ser uma esposa."

  Ashe é o típico mocinho lindo de morrer, libertino e que por algum motivo se encanta com a protagonista "fora dos padrões". Mas aqui a gente até compra a ideia, porque existe o diferencial da Lady V. Minerva assume essa identidade e usa uma grande máscara no rosto, deixando visíveis apenas os olhos e lábios, então essa identidade é o pontapé inicial da relação, a razão para Ashe prestar atenção em Minerva, com quem já esteve e até conversou algumas vezes na vida. Eu gosto de ver como ela vai ganhando ele, que está determinado a provar para si mesmo (ele está quase 100% certo) que ela e Lady V são a mesma pessoa. 

 Somada à essa aura de mistério vem a dificuldade do duque com os números. Mas o que isso tem a ver, né? Ashe sofre com uma condição chamada discalculia (como se fosse uma dislexia, só que com números) e é incapaz de cuidar de suas finanças e gastos. Por isso ele se descobre quase pobre e precisa urgentemente de uma esposa rica e talvez até inteligente para ajudá-lo quanto à isso. Ora, Minerva seria perfeita. Ele então começa a cortejá-la fora do Clube Nightingale. O que poderia dar errado não é mesmo?





  Esse é o primeiro livro da série Os Sedutores de Havisham, nome pelo qual são conhecidos Ashe, os gêmeos Edward e Albert (hoje Conde), e Locksley, filho do Marquês de Marsden - por quem os três primeiros foram criados desde uns dez anos de idade após uma tragédia (essa um fato real) deixá-los órfãos. Cada livro contará a história de um desses rapazes.

  Preciso dizer que terminei Codinome Lady V - temos aqui um caso em que o nome traduzido é de muito melhor gosto do que o original - e já fui logo atrás de The Earl Takes All, o segundo volume, porque a história, que já é apresentada nesse, é protagonizada por um dos gêmeos com a esposa do outro. Ou seja... tiro, porrada, bomba e amor doído, claro. Mentira, tiro e porrada nem tanto, porque todo mundo sabe qual a saída mais fácil pra um escritor tirar um personagem do caminho, né? hahaha 

  Mesmo tendo lido vários romances de época esse foi meu primeiro contato com Lorraine Heath. Gostei! Fica então a dica pra quem quer suspirar com um romance fofo, leve e divertido.

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14 Comentários:

Às 20 de fevereiro de 2018 às 15:58 , Blogger Na Nossa Estante disse...

Oi Eduarda, tudo bem? Eu tentei ler, mas não gostei muito do incio da trama e parei, vou voltar e dar uma chance a obra!

Bjs, Mi

O que tem na nossa estante

 
Às 20 de fevereiro de 2018 às 17:14 , Blogger Miriã Mikaely disse...

Oi, Eduarda. Na verdade sou apaixonada por romances do gênero, e gostei muito desse quando li, até mesmo terminei em um dia. Gostei do romance, mas convenhamos que nenhum romance de época tende a ser inovador, né?
Beijos
http://www.suddenlythings.com/

 
Às 20 de fevereiro de 2018 às 21:25 , Blogger Eduarda Graciano disse...

Oi Michele!
Então, eu daria uma chance sim, mas também não é nada assim... indispensável, viu? rs
É fofo! Bjs

 
Às 20 de fevereiro de 2018 às 21:41 , Blogger Eduarda Graciano disse...

Com certeza. Mas mesmo assim as pessoas tendem a reclamar dos clichês. Acho que por isso mesmo que eu gosto... uma sensação gostosa de familiaridade. rs
Beijo!

 
Às 20 de fevereiro de 2018 às 22:48 , Blogger Entre Histórias disse...

Oii Eduarda, tudo bem? amei a resenha, e apesar de não ler romances de época, eu até daria uma chance para esse por ser mais leve e fofo.
- Beijos,Carol!
http://entrehistoriasblog.blogspot.com.br/

 
Às 21 de fevereiro de 2018 às 16:15 , Blogger Sil disse...

Olá, Eduarda.
Eu sou a louca dos romances de e´poca. Tenho 3 prateleiras da estante só deles hehe. Eu amo porque são histórias que a gente suspira e que sei que vai dar tudo certo no final. Esse está na minha lista desde que lançou, mas ainda não consegui comprar.

Prefácio

 
Às 21 de fevereiro de 2018 às 16:31 , Blogger Unknown disse...

Oi, Eduarda!
Ameii sua resenha. Já tinha visto essa capa nas redes sociais algumas vezes, mas não conhecia o enredo. Fiquei super curiosa em ler, até porque faz um bom tempo que não leio nada desses "romances de época contemporâneos".
E, obrigada, tanto pela visita lá no blog quanto pela dica que você deu por lá! Já estou seguindo vocês por aqui. ^^
Beijos

Versos e Notas

 
Às 21 de fevereiro de 2018 às 19:59 , Blogger Luiza Helena Vieira disse...

Oi, Eduarda!
Eu amo um romance de época e esse está na lista a ser conferido.
Beijos
Balaio de Babados
Participe da Folia Literária 2018: cinco kits, cinco sortudos.

 
Às 22 de fevereiro de 2018 às 17:00 , Blogger Suelen Mattos disse...

Menina, eu amo romances de época (antes eu odiava, mas passei a amar) e nunca li nada dessa autora. Tinha uma certa curiosidade em relação a esse livro, mas li alguns comentários que acabaram me desanimando. Mas quem sabe um dia, né?!

=)

Suelen Mattos
______________
ROMANTIC GIRL

 
Às 25 de fevereiro de 2018 às 00:06 , Blogger Eduarda Graciano disse...

Acho que a maioria que lê, lê por isso... essa "segurança" do final feliz. rsrs
Bjss

 
Às 7 de março de 2018 às 14:33 , Blogger Eduarda Graciano disse...

Dê sim. Aposto que se apaixona pelo gênero! É um caminho sem volta! kkkk
Bjss

 
Às 7 de março de 2018 às 14:38 , Blogger Eduarda Graciano disse...

Eu que agradeço. To te seguindo tb!
Bjs

 
Às 7 de março de 2018 às 14:40 , Blogger Eduarda Graciano disse...

Recomendo, Luiza!
(Participando do sorteio, btw) :D
bjss

 
Às 7 de março de 2018 às 14:49 , Blogger Eduarda Graciano disse...

Isso aí! rs
Bjss

 

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