27 março 2018

Anne’s House of Dreams.






Gilbert agora é um médico e o casamento de Anne finalmente chegou. A primeira noiva de Green Gables. Chegou a hora de Anne trocar a fazenda por sua “Casa dos Sonhos”. Mais uma vez há novos amigos. Um deles, Capitão Jim, é cheio de histórias, incluindo a da “Desaparecida Margaret”. A alegria vem para Anne e um dia se vai novamente na forma da pequena Joyce. O tempo e James Matthew curam a tristeza de Anne, mas a memória da pequena Joyce permanece. | L. M. Montgomery – Editora Bantam Books – 256 Páginas – Ano 1992 – Ficção, Romance, Drama, Família.

  Chegamos ao quinto volume de Anne de Green Gables, que teve um tom especial pra mim, pelo fato de que Anne finalmente me alcançou em idade. Agora “conversamos” como iguais. Mas só por um tempo, já que ela termina essa aventura com 27 anos. Anne finalmente se casa e vai morar em sua tão sonhada casa. Lá ela conquista muitas amizades e prova também do amargo da vida: pela primeira vez a vemos infeliz, quando sua maior alegria lhe é tirada. Como não estamos falando de uma personagem qualquer e sim de (agora) Anne Blythe, sabemos que ela dará a volta por cima e continuará iluminando todos ao seu redor.


 Na última resenha dessa série, do livro Anne of Windy Poplars, eu comentei sobre a semelhança nos discursos dos personagens de L. M. Montgomery. Isso ainda acontece, mas senti menos dessa vez. Nesse livro lidamos o tempo todo com adultos, o que talvez tenha contribuído para essa sensação. Até mesmo Davy e Dora já podem assim ser chamados, já que contam quinze anos no casamento de Anne.

 A dinâmica da trama continua a mesma: personagens vêm e vão na vida de Anne – agora, vida dos Blythe – sendo tocados por ela e tocando sua vida de alguma forma também. Em Anne’s House of Dreams merecem destaque o Capitão Jim, vigia do farol de Four Winds Point (região onde eles moram) que tem infinitas histórias para contar de suas navegações; Leslie Moore, a moça mais linda em quem Anne já colocou os olhos, que teve uma vida muito sofrida e tem dificuldades em se abrir para a felicidade; e a Srta. Cornelia Bryant, uma mulher que tem opinião sobre tudo e todos ao redor.

 Senti mais falta do que nunca dos antigos personagens: Marilla apareceu pouco ao meu ver, Rachel Lynde menos ainda e a Diana nem se fala. Mas faz parte, e como essa série não cansa de nos ensinar, as mudanças são necessárias. Uma coisa boa sempre nos espera lá na frente e a própria Anne precisará provar dessa ideia quando passar por um momento de dor do qual ela acredita que não se recuperará nunca. É de partir o coração ver essa garota tão vivaz e otimista, que vimos crescer, tão infeliz e sem esperanças. Mas ela está cercada de amor e dizem que o tempo cura tudo, não é?

 Já sinto a despedida definitiva desses personagens cada vez mais próxima. O final desse livro tem um tom melancólico e reafirma o estado de frequente mudança da vida. É preciso encarar essas mudanças com o coração aberto. Pelo menos com Anne, nos sentimos de fato mais inspirados.

 “ Alegria e dor, nascimento e morte, tornaram para sempre sagrada essa pequena casa dos sonhos.”


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2 Comentários:

Às 28 de março de 2018 às 13:43 , Blogger Nana Barcellos disse...

Oi Duda,
Eu acho que só tenho o primeiro no Kindle, que peguei gratuito pelo AmazonClassics, depois vou ter que dá uma olha sobre quantos são haha
E que bacana que acompanha boa parte da vida da Anne, é tipo Little Women, pelo visto.

Uma pena que há partes mais melancólicas para a personagem nesse volume. Mas, vem com boas transformações.
Eu nunca sei se assisto ou leio primeiro. Então, nem assisti a série ainda. Saíram uns telefilmes de um canal lá do Canadá, mas tb ainda não vi hahaha

P.S.: Opa, vou olhar sua resenha de Presentes da Vida. Eu já estou lendo e notei a diferença. Fiquei pensando porque a autora não publicou só ele. Teria sido bem melhor. E vi que o Ethan aparece lá, já preparando pelos suspiros hahaha. Melhor crush.
Sete anos esperando essa adaptação sair da gaveta, sos. Mas, será que os atores vão concordar em voltar mesmo? A Kate até aceitaria já que não ta fazendo nada. Mas o John...eu acho difícil, ainda mais agora que o filme que ele dirigiu tá fazendo sucesso nos festivais e com críticas positivas. E mais a série dele que vai estrear. Fato é que no cinema quase não se vê mais romances como antes, sinto falta. Vou ficar torcendo também pra essa adaptação sair com todos eles de novo!

bjs
Nana - Canto Cultzíneo

 
Às 18 de abril de 2018 às 14:47 , Blogger Eduarda Graciano disse...

Olha, vai assistir a série menina... é divina! Até o momento, pra mim, dá de 10 a 0 nos livros (e olha que tô acabando já). Tem um quê de Little Women mesmo. Essa adaptação em filme pra tv que saiu eu meio que torci o nariz, povo não tá falando bem não. E tem mesmo cara de "baratinha" rsrs. Vai ver a série, melhor coisa que vc faz!

Então, eles já tinham topado voltar, mas é, agora não sei né... já faz muito tempo... e TINHAM QUE SER os dois!!! ♥

 

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