Laranja Mecânica, Anthony Burgess.
“Narrada
pelo protagonista, o adolescente Alex, está brilhante e perturbadora história
cria uma sociedade futurista em que a violência atinge proporções gigantescas e
provoca uma resposta igualmente agressiva de um governo totalitário. A trama,
que conta a história da violenta gangue de adolescentes que sai às ruas
buscando divertimento de uma maneira um tanto controversa, incita profundas
reflexões sobre temas atemporais, como o conceito de liberdade, a violência –
seja ela social física ou psicológica – e os limites da relação entre o Estado
e o Indivíduo. Ao lado de 1984, de George Orwell, e Admirável Mundo Novo, de
Aldous Huxley, Laranja Mecânica é um dos ícones literários da alienação
pós-industrial que caracterizou o século 20”. | Anthony Burgess – Aleph – 352
Páginas – Ano 2012 (Originalmente em 1962) – Literatura estrangeira, romance, distopia.
Através de uma linguagem um tanto quanto
diferenciada conhecemos, pelo anti-herói Alex, a história de sua juventude, dos
delitos que praticava com seus druguis (amigos) e de como foi submetido a uma técnica de cura para a violência que o deixou
indefeso perante a vida.
O clássico do cinema dos anos 70, dirigido por
Stanley Kubrick e um dos meus filmes favoritos foi baseado nesse romance de
Anthony Burgess. E eu não sei por que demorei tanto tempo para ler!!!
O livro aborda assuntos como a violência gratuita,
a negligência, o totalitarismo e o respeito ao livre arbítrio. O protagonista
Alex, um adolescente de 15 anos, após cumprir parte da pena por assassinato na
prisão, é submetido a um tratamento que o impede de cometer qualquer ato
violento. O mero pensamento gera nele um desconforto e uma dor física que
parecem piores do que a morte. A partir disso refletimos acerca da questão: é
válido privar um ser humano de sua liberdade de escolha, ainda que essa escolha
seja a maldade?
Esse romance, classificado como distópico, é
diferente de qualquer outro do gênero que eu já tenha lido e acredito que isso
se dê (algo que ouvi no último fim de semana, no clube de leitura do qual
participo) pelo fato de, ao contrário de Winston, Offred e Guy - protagonistas
de 1984, O Conto da Aia e Fahrenheit 451, respectivamente - Alex ser o produto
autêntico do meio em que vive, aquele produto que “deu certo”. E é impagável essa
leitura de mundo por esse protagonista que não é flor que se cheire, é narcisista
e se diverte com a dor alheia. Um sociopata completo.
Posso dizer que não só ele nos causa um misto
de sentimentos, mas a leitura desse livro também causa um rebuliço de sensações
e reflexões. É para ficar dias e dias matutando. Fucking horror show!
Marcadores: Eduarda Graciano, livros, resenha
3 Comentários:
Oi Duda,
Um livro com esse turbilhão de ideias e sentimentos, é sempre bem-vindo.
Acredita que até hoje não assisti o filme? Taí pra colocar na meta do ano.
O livro, vou lembrar quando dinheiro resolver voltar a fazer parte da minha vida haha.
P.S.: Até onde sei, a Tamires Barcellos não é minha parente. Mas, vai saber! Minha mãe tem tanto primo/prima que sos. Quando a gente vai pra Macaé visitar o povo, é tanta gente nova que nem os nomes eu gravo haha. Fora os daqui...
Sobre o conto do cemitério, sim a personagem visita o rapaz lá porque ele tá "preso" ao local. Tem uma pegada sobrenatural.
até mais,
Nana - Canto Cultzíneo
Oi, Duda.
Tenho muita vontade de ler Laranja Mecânica.
Tenho a edição simples, queria a edição de luxo que é realmente perfeita.
Abraços,
Naty
http://www.revelandosentimentos.com.br
Oi Duda! Tenho muita vontade de ler esse livro e graças a sua matéria essa vontade acaba de ser aguçada. Beijos.
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