24 julho 2018

Laranja Mecânica, Anthony Burgess.


“Narrada pelo protagonista, o adolescente Alex, está brilhante e perturbadora história cria uma sociedade futurista em que a violência atinge proporções gigantescas e provoca uma resposta igualmente agressiva de um governo totalitário. A trama, que conta a história da violenta gangue de adolescentes que sai às ruas buscando divertimento de uma maneira um tanto controversa, incita profundas reflexões sobre temas atemporais, como o conceito de liberdade, a violência – seja ela social física ou psicológica – e os limites da relação entre o Estado e o Indivíduo. Ao lado de 1984, de George Orwell, e Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, Laranja Mecânica é um dos ícones literários da alienação pós-industrial que caracterizou o século 20”. | Anthony Burgess – Aleph – 352 Páginas – Ano 2012 (Originalmente em 1962) – Literatura estrangeira, romance, distopia.




Através de uma linguagem um tanto quanto diferenciada conhecemos, pelo anti-herói Alex, a história de sua juventude, dos delitos que praticava com seus druguis (amigos) e de como foi submetido a uma técnica de cura para a violência que o deixou indefeso perante a vida.

O clássico do cinema dos anos 70, dirigido por Stanley Kubrick e um dos meus filmes favoritos foi baseado nesse romance de Anthony Burgess. E eu não sei por que demorei tanto tempo para ler!!!

O livro aborda assuntos como a violência gratuita, a negligência, o totalitarismo e o respeito ao livre arbítrio. O protagonista Alex, um adolescente de 15 anos, após cumprir parte da pena por assassinato na prisão, é submetido a um tratamento que o impede de cometer qualquer ato violento. O mero pensamento gera nele um desconforto e uma dor física que parecem piores do que a morte. A partir disso refletimos acerca da questão: é válido privar um ser humano de sua liberdade de escolha, ainda que essa escolha seja a maldade?

Esse romance, classificado como distópico, é diferente de qualquer outro do gênero que eu já tenha lido e acredito que isso se dê (algo que ouvi no último fim de semana, no clube de leitura do qual participo) pelo fato de, ao contrário de Winston, Offred e Guy - protagonistas de 1984, O Conto da Aia e Fahrenheit 451, respectivamente - Alex ser o produto autêntico do meio em que vive, aquele produto que “deu certo”. E é impagável essa leitura de mundo por esse protagonista que não é flor que se cheire, é narcisista e se diverte com a dor alheia. Um sociopata completo.

Posso dizer que não só ele nos causa um misto de sentimentos, mas a leitura desse livro também causa um rebuliço de sensações e reflexões. É para ficar dias e dias matutando. Fucking horror show!

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3 Comentários:

Às 25 de julho de 2018 às 01:33 , Blogger Nana Barcellos disse...

Oi Duda,
Um livro com esse turbilhão de ideias e sentimentos, é sempre bem-vindo.
Acredita que até hoje não assisti o filme? Taí pra colocar na meta do ano.
O livro, vou lembrar quando dinheiro resolver voltar a fazer parte da minha vida haha.

P.S.: Até onde sei, a Tamires Barcellos não é minha parente. Mas, vai saber! Minha mãe tem tanto primo/prima que sos. Quando a gente vai pra Macaé visitar o povo, é tanta gente nova que nem os nomes eu gravo haha. Fora os daqui...
Sobre o conto do cemitério, sim a personagem visita o rapaz lá porque ele tá "preso" ao local. Tem uma pegada sobrenatural.

até mais,
Nana - Canto Cultzíneo

 
Às 27 de julho de 2018 às 13:43 , Blogger Naty Araújo disse...

Oi, Duda.
Tenho muita vontade de ler Laranja Mecânica.
Tenho a edição simples, queria a edição de luxo que é realmente perfeita.


Abraços,
Naty
http://www.revelandosentimentos.com.br

 
Às 4 de agosto de 2018 às 16:19 , Blogger Unknown disse...

Oi Duda! Tenho muita vontade de ler esse livro e graças a sua matéria essa vontade acaba de ser aguçada. Beijos.

 

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