12 agosto 2018

Invisível (Invisible).



Título: Invisível (Invisible)  
Direção: Pablo Giorgelli
Nacionalidade: Argentina
Idioma Original: Espanhol
Gênero: Drama
Lançamento: novembro de 2017
Duração: 1h27min.


“Ely é uma garota da vida real. Sua vida gira em torno de uma amiga, a mãe que sofre de depressão e a cansativa rotina escola, trabalho e casa. Tudo muda quando ela descobre que está grávida de Raúl, bem mais velho, casado e seu chefe. Consumida pela angústia, a jovem terá que fazer uma difícil decisão: fazer ou não um aborto”.

É possível contar em uma mão quantas vezes Ely (Mora Arenillas) sorrirá ao longo do filme. E acredite, o telespectador também. O longa não é uma pedida caso estiver com sono ou acompanhado de alguém mais conservador. Você odiará ver a menina sendo julgada em um momento tão angustiante.

Pablo Giorgelli, o diretor, mostra que se pode dizer muito com o silêncio. Em várias cenas o “nada” tomará conta, o que só aumentará a tensão, a angústia e o aperto no peito. O telespectador se sentirá ligado a personagem ao acompanhar a sua rotina sem graça, muito semelhante a vida real. Relacionando os problemas de Ely com os seus próprios: quem nunca sofreu com um parente doente ou a menstruação atrasada? Com apenas 17 anos e um fardo para carregar.

O foco do filme não é o aborto. Acredito que a intenção de Pablo (e do roteirista, claro!) foi mostrar o outro lado da moeda: qual o caminho que a mulher percorre até tomar uma atitude ao descobrir a gravidez indesejada? O que ela sofre calada, não se sentindo livre para compartilhar o seu problema com alguém próximo?

Curti o filme por muitos motivos. O tema é necessário. Principalmente pela questão política que quase toda américa latina sofre sobre a descriminalização do aborto. Também é inteligente ver a posição dos personagens masculinos e femininos em seus respectivos papéis. Preste atenção nisso! O telespectador precisa acompanhar o filme sem pressa e sem a expectativa de algo “grande” acontecer. O principal é o desenrolar da história e em como os detalhes agregam para que a gente sinta o mesmo que a personagem.

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2 Comentários:

Às 13 de agosto de 2018 às 20:23 , Blogger Eduarda Graciano disse...

Já marcando no meu "quero ver". Não conhecia mas amei a resenha... tema super válido e necessário demais nesse momento. Um que eu vi ano passado que não é tão bom assim como entretenimento (ou comédia romântica, gênero para o qual pende mais) mas muito válido pro tema é o americano Obvious Child (Entre Risos e Lágrimas, em portugues), já viu?

Bjss!

 
Às 19 de agosto de 2018 às 22:06 , Blogger Unknown disse...

Olá Juliana! Fiquei curiosa para ver esse filme, já vi que vou ter que me preparar pra não chorar, sempre choro em filmes de drama, ainda mais se envolver problemas na adolescência. Parabéns pela matéria! Beijo.

 

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