Pergunte ao Pó, John Fante.
“História
do Alter Ego do autor, o escritor Arturo Bandini. Filho de imigrantes, Bandini
é um jovem pretenso a escritor que se sente excluído da sociedade. Ele quer
escrever sobre a vida e o amor, mesmo não tendo muita experiência sobre ambos,
e se apaixona por uma linda garota. O romance se passa na Los Angeles da década
de 1930. Fante é um dos mais importantes nomes da literatura americana e seus
livros influenciaram a geração beat e muitos escritores, entre outros, Charles
Bukowski”. | John
Fante – José Olympio – 208 Páginas – Ano 2004 (Originalmente em 1939) – Literatura
estrangeira, romance, drama.
Arturo
Bandini é um aspirante a escritor que anseia por se tornar reconhecido.
Publicou um conto em uma revista certa vez e tem muito orgulho disso. Ele mora em
um quarto pequeno num hotel, deve meses de aluguel, mente para a mãe e
aparentemente não gosta de ninguém. Ou quase ninguém. Um dia ele conhece
Camilla Lopez e desenvolve certa obsessão por ela. Assim, entre inúmeros
rascunhos de novas obras e uma garçonete mexicana que não corresponde seu
afeto, Arturo procura viver intensamente pela caótica Los Angeles da década de
30.
Não me
perguntem como cheguei a esse livro. Eu sou dessas... vejo ou recebo uma
indicação, leio uma sinopse ou resenha e vou marcando na minha lista de livros
a ler. Depois acabo me esquecendo como foram parar lá. É o caso de Pergunte ao
Pó.
Confesso
que no começo achei a leitura um pouco arrastada. Pelo que entendi Fante
influenciou vários autores da geração beat
e não pude deixar mesmo de notar semelhanças entre esse livro e Tristessa, do
Jack Kerouac (parte importante dessa geração) que resenhei aqui há algum tempo. É cru, visceral,
triste e um pouco agonizante. Mais ou menos como a vida mesmo.
De forma
semelhante a Jack e Tristessa, Arturo é obrigado a ver Camila, objeto de seu
amor, sofrer e definhar. É triste porque a moça se torna uma espécie de
combustível para ele, a quem queremos ora abraçar ora descer a porrada. O
protagonista é um tanto perdido e parece querer se encontrar para ajudar
Camilla, que está ainda mais perdida do que ele.
Conforme
vamos nos acostumando com o jeito de Arturo, seus momentos de ganância,
grosseria, quando logo depois é o exato oposto, o romance pega um ritmo e se
torna impossível de largar. Como eu me desesperei no trecho em que ele e
Camilla vão à praia durante a noite e a moça parece ter sumido sob as ondas! Eu
senti frio com eles, senti calor, senti até mesmo o mar. Ponto para o autor!
Mesmo
sendo um drama – e não um dos leves – em alguns momentos me peguei rindo dos
comentários aleatórios de Arturo, de seu sarcasmo e das situações em que ele se
mete. E ri muito de nervoso também. Através dos olhos desse personagem, essa
obra nos faz refletir sobre o amor, o sexo, os sonhos e a brevidade da vida.
Marcadores: Eduarda Graciano, livros, resenha
1 Comentários:
Olá Eduarda, adorei a resenha e fiquei com uma enorme vontade de ler este livro! Beijos.
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