28 novembro 2017

Love by the Book



Título: Love by the Book
Direção: David S. Cass Sr.
País: Estados Unidos
Idioma original: Inglês
Lançamento: 24 de janeiro de 2015
Gênero: Comédia Romântica
Duração: 1h 31min.


  " Emma Graham (Leah Renee Cudmore) acredita em contos de fadas e vive à espera de seu príncipe encantado. 
  Dona de uma charmosa livraria, ela é pega de surpresa quando seu investidor Frank (John Schneider) anuncia que o filho Eric (Kristopher Turner) irá acompanhar o trabalho na Barouche Books enquanto aprende mais sobre os negócios do pai. 
  Emma é forçada a concordar, mas quanto mais convive com Eric, menos o suporta. Ele dá palpite em tudo que está relacionado à livraria e até mesmo no que não está... quando conhece Landon (Ryan Bittle), que aparentemente é tudo o que ela sempre sonhou, Emma precisar aguentar as críticas de Eric, que garante que em menos de um mês ela descerá das nuvens e se cansará de todo o romantismo exagerado de Landon."
  

  E lá venho eu com mais uma comédia romântica. Dessa vez, a indicação é por conta de além de ser um xuxu, claro se passar em um ambiente que nós amamos: a livraria.




  

  Emma e a irmã Jane foram criadas pela mãe, que alimentou nelas um grande amor pelos livros e pelas histórias com finais felizes. Como a própria Emma diz, ela entrou de cabeça nisso, e é uma romântica assumida, que acredita em felizes para sempre.

  Para completar, é dona de uma livraria, a Barouche Books - que é pequena, simples e pessoal - o que faz com que ela passe mais tempo ainda em meio aos livros.

  Certo dia o investidor de sua loja apresenta à ela seu filho Eric, que de acordo com ele está aprendendo sobre seus negócios e acompanhará Emma durante todo o dia na livraria por algumas semanas.  

 É clarooooo que de cara os dois se estranham. Eric (que é bastante pé no chão) não demora a perceber que Emma é uma sonhadora e chega a dizer que ela tem "complexo de conto de fadas", o que deixa a moça bastante irritada. 

  As discussões entre os dois, que não são poucas, já que Eric opina sobre tudo e todos - tentando melhorar os negócios e trazer Emma para a realidade do século XXI - só aumentam quando o charmoso Landon Crest aparece um dia na livraria e, aparentemente, já ganha o coração da dona. 

  


   Sarcástico como é, Eric aposta com Emma que em um mês ela se cansará de Landon (que é extremamente romântico e, digamos, meloso). Caso perca a aposta, ela será obrigada a aceitar todas as ideias que ele tem para a livraria; caso ganhe, Eric se compromete a comprar o teatro de fantoches que Emma tanto quer (e que ele é contra).

  E de fato, conforme passa mais tempo com Landon, nossa Book Lady (como ela é conhecida pelos clientes) começa a perceber que nem só de rosas e velas são feitos os romances.




   A Emma é fã de Jane Austen, e já me ganha aí. haha Inclusive ela conta à uma de suas clientes que Emma, livro da Jane Austen publicado em 1815, é a razão de seu nome. 

 Mas o que isso tem a ver? Nada, né? De fato. Mas um filme... aliás, uma comédia romântica que se passe em meio aos livros vai sempre ter um lugar na minha listinha (não é a toa que Mensagem Para Você é um dos meus filmes favoritos). Se citar Jane Austen então, qualquer um tem chance comigo, é fato. 

  Esse filme é do canal americano Hallmark Channel e, como todos os filmes desse canal, é feito pra família tradicional americana (haha). Com um roteiro batido, clichê, personagens simples e muita fofurice, Love by the Book (a tradução seria algo como "Amor entre os livros" ou alguma variável) é ideal para a nossa Sessão da Tarde (que volta e meia exibe filmes do Hallmark mesmo).

  Apesar de a Emma às vezes ser um pouco infantil, ela é adorável. E claramente depois reconhece seus equívocos quanto ao amor idealizado. É mais do que visível quem cuida e realmente se importa com ela e com o que acontece em sua vida. Eu amo o final desse filme e dá até pra fazer alguns paralelos, em seu desenvolvimento, com o próprio romance Emma, da Jane Austen. Mais um motivo pra amar!


A minha cena favorita: quando a Emma ganha uma edição rara de... Emma.

  Como toda comédia romântica, não deve ser levado a sério, é claro. Mas nada nos impede de assistir esse filme (que é curtinho) pra espairecer e suspirar bastante.


   " Às vezes o príncipe está mais preocupado em ser encantador do que em ser real."

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20 novembro 2017

Presentes da Vida, Emily Giffin.


  "Darcy Rhone sempre teve todos os homens aos seus pés. Tinha um emprego glamouroso, um seleto círculo de amizades e um noivo perfeito, Dexter Thaler. No entanto, tudo mudou quando Darcy se envolveu com o melhor amigo de seu noivo... seu noivado acabou e perdeu sua melhor amiga, Rachel.
  Incapaz de assumir responsabilidades e de enfrentar todo esse mal-estar, Darcy foge para Londres, para a casa de um amigo de infância, imaginando que poderia passar uma borracha em tudo isso. Mas, para seu desânimo, Londres se torna um mundo estranho, onde seus truques de sedução não mais funcionam e onde sua sorte parece ter se evaporado. Sem amigos nem família, Darcy precisa dar novo rumo à sua vida e, assim, começa uma linda trajetória rumo ao crescimento e ao amor." Something Blue  384 Páginas – Novo Conceito – Emily Giffin – Ano 2011 (Originalmente em 2005).

               
                                         



  Darcy Rhone é a típica "mean girl" dos chick-lits. Acho que, se fosse presente nesse gênero, ao menos no começo poderíamos classificá-la como uma anti-heroína.

  Sua história começa em outro livro, O Noivo da Minha Melhor Amiga (Nova Fronteira, 2005), que acompanha sua melhor amiga Rachel em seu romance com o então noivo de Darcy, Dexter. Por se tratarem de duas histórias diferentes, podem ser lidos de forma avulsa. Presentes da Vida vai explicar tudo o que aconteceu em O Noivo da Minha Melhor Amiga do ponto de vista de Darcy e mostrar como os acontecimentos a afetaram. Além disso vamos descobrir o que ela mesma andava aprontando enquanto seu noivo e sua melhor amiga se envolviam.

  Mas não se trata apenas disso. Esse livro acompanha Darcy depois dos acontecimentos do livro de Rachel e como ela é obrigada a amadurecer para conseguir dar um rumo à sua vida.



  
  Darcy está acostumada a conseguir tudo o que quer. Está acostumada a ser elogiada por sua beleza e charme desde pequena, então seu carisma e sedução são suas armas para conquistar as pessoas.

  Deve ser por isso que sua única amiga de verdade no mundo é Rachel White. Melhores amigas desde a infância, as duas, apesar de extremamente diferentes, são inseparáveis. 

  "Só não entendia por que as pessoas, especialmente a Rachel, insistiam em tornar tudo mais difícil do que parecia ser. Apesar de ter seguido todas as regras, lá estava ela: solteira, com 30 anos de idade, perdendo noites de sono por causa de um escritório de advocacia que desprezava.
    Enquanto isso, eu era feliz, assim como tinha sido durante toda a nossa infância. "

  Mas o mundo perfeito de Darcy desmorona quando ela descobre que a tão-certinha melhor amiga e seu noivo perfeito, Dex, estavam tendo um caso. 

  O que acontece é que Darcy também estava tendo um caso... com o melhor amigo de Dex, Marcus. Então, além de ser abandonada pelo noivo - que parece estar mesmo apaixonado pela "sem graça" Rachel - a moça vê qualquer chance de um relacionamento com Marcus se esvair, já que ele não é nada do que ela imaginava e, sinceramente, parece não ligar muito para ela. 

  Darcy, então, pega um avião em direção à Londres e pede abrigo ao amigo de infância Ethan Landry (que não fica lá muito feliz em vê-la, coitada) na tentativa de reconstruir sua vida na Europa. Mas há aí alguns pequenos problemas pra quem quer recomeçar: ela está esperando um bebê do ex-amante, não tem emprego, não conhece a cidade e o pior... não tem amigos!




  Esse é simplesmente O CHICK-LIT DA MINHA VIDA! 

  Eu amo tudo nesse livro: a escrita simples, a sensível abordagem de problemas cotidianos e principalmente o fato de a autora acreditar na mudança e em segundas chances!

 Esse, se não me engano, é o quarto livro que li da Emily e apesar de ter gostado dos outros também (Questões do Coração, Uma Prova de Amor e O Noivo da Minha Melhor Amiga) achei que nenhum chega perto dessa história tão graciosa que é Presentes da Vida.

   [...] Amor e amizade. São eles que nos fazem ser quem somos e podem nos mudar, se deixarmos. 

  A Darcy é tão odiosa, mesquinha e fútil que vi muita gente abandonando esse livro antes da metade! NÃO FAÇAM ISSO!!! 

  A mudança da personagem acontece, se dá de forma gradual e, na medida do possível, é crível. Todos os tombos que ela leva, os puxões de orelha que o Ethan dá, as decepções que ela têm quando percebe que não é o centro do universo, fazem com que aquela personagem infantil e mimada dê lugar a uma mulher muito mais madura, que aceita suas imperfeições e pára de tentar agradar a todos.

     " - Eu quero dizer... que você é uma boa pessoa. [...] Uma pessoa forte. E você será uma mãe maravilhosa."

  Tem romance (já deve ter ficado óbvio) e com certeza é a minha relação romântica favorita num chick-lit, pois é construída de forma doce e sutil.

  Recomendo sim ler O Noivo da Minha Melhor Amiga antes, porque dá uma visão mais abrangente da história, mas eu particularmente não fui muito fã do livro, apesar de o filme ser um dos meus favoritos. 


Kate Hudson e Ginnifer Goodwin como Darcy e Rachel em O Noivo da Minha Melhor Amiga (Warner Bros., 2011)

   Ao ler, percebemos que ambos os títulos originais têm tudo a ver com as histórias: Presentes da Vida, originalmente, se chama "Something Blue", e assim como "Something Borrowed" (O Noivo da Minha Melhor Amiga) faz uma inteligente referência à tradição americana que as noivas têm de usar algo azul (o título desse livro), algo emprestado (o título do anterior), algo velho (something old) e algo novo (something new). Até o título do livro soa leve em inglês, não é? 

  É bem isso que esse livro é. Leve, romântico, alegre e, de fato, um presente pra quem lê! (Eu chorei.)

  Ah! Foi confirmado pela autora que teríamos uma adaptação pro cinema (ainda esse ano ela disse que vai ter sim), mas já faz alguns anos que está em pré-produção. Seguimos esperando viu, dona Emily?

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14 novembro 2017

O Escultor, Scott McCloud.


  "David vai dar sua vida pela arte. Literalmente.
  Após um acordo com a Morte, o jovem escultor obtém seu desejo de infância: esculpir o que quiser com as mãos nuas. Mas agora que só lhe restam 200 dias de vida, decidir o que criar é mais difícil do que ele pensava. Descobrir o amor de sua vida na penúltima hora não ajuda em nada.
  Uma história sobre paixão que supera os limites da razão; sobre o compasso frenético e desajeitado do amor jovem; e um retrato belíssimo das ruas da cidade mais fantástica do mundo. Daqueles momentos pequenos, queridos e humanos da vida cotidiana... e das forças enormes que revolvem logo abaixo da superfície." The Sculptor  496 Páginas – Jupati Books – Scott McCloud – Ano 2015.

                 
                                           
 
                                                                   


  David Smith é um rapaz que deseja ser mais do que esse nome tão comum. Ele é um escultor que está esquecido no mercado e não vê mais sentido na vida.

  Certo dia, ele se encontra com a própria Morte. O Ceifador, que assumiu a forma de seu tio avô Harry, faz uma proposta: David terá à sua disposição a habilidade de transformar qualquer material com as próprias mãos. Em troca, o Ceifador pede a única coisa esperada: sua própria vida. A partir do momento em que aceitar o acordo, ele terá apenas 200 dias para viver.

 " - Eu não tenho medo de morrer, Harry.
  - Com o tempo vem."



  
  David é solitário e deprimido. Ele perdeu toda a família (o pai, a mãe e a irmã, um de cada vez) e quase não tem amigos. Seu melhor amigo, Ollie, faz de tudo para ajudá-lo, mas ele e David se desentendem bastante, sobretudo por conta do namorado de Ollie, Finn, que David sabe que está apenas usando-o.

  Sem rumo, dinheiro e perspectivas, um dia ele encontra o tio-avô - morto há anos - e este se apresenta como sendo o Ceifador. Os dois conversam, tomam café, jogam xadrez (O Sétimo Selo mandou lembranças), e ele lhe explica como funcionam as coisas "do lado de lá". Assim, David tem diante de si uma proposta: poderá criar o que quiser e sair da crise (criativa, financeira e de identidade) que o assola, mas em troca terá apenas 200 dias para viver. Tudo o que ele quer é ter pelo que viver, ainda que o tempo seja limitado... então, sem pensar duas vezes, aceita o acordo e passa a descobrir o que pode fazer para mudar o mundo através de arte com o tempo que lhe resta.

  David só não esperava que, a partir de uma performance da qual sem saber faz parte - "O Triste" era uma performance de intervenção onde ele era o personagem principal - Meg cruzaria seu caminho e bagunçaria todos os seus sentimentos.

   " - Viu a neve hoje de manhã? O sol fez ela brilhar como um palácio de cristal... [...] Ficou tudo diferente, Harry. E tudo por causa dela."




  Um protagonista deprimido resultou mesmo numa leitura deprê. David é um pessimista convicto e toda vez que ele se sente motivado parece que alguma coisa dá errado. Por vezes ele diz achar que é vítima duma maldição. E é o que parece mesmo. Pra completar, ele encontra a Meg, que é doida varrida - inconsequente e irresponsável, como ela mesma aponta; e que com certeza tem transtornos psicológicos também (o livro deixa claro o fato de ela precisar de remédios, mas não temos seu diagnóstico).

  Achei que o romance deu um tom meloso (o que pra alguns deixa mais deprê) à obra e talvez não fosse isso eu teria ficado mais triste lendo. Não me identifiquei muito com nenhum dos protagonistas (apesar da melancolia) mas gostei muito do final da história. (Que vocês vão ter que ler pra descobrir se é feliz ou não.)

  "- Eu sempre achei que a Morte vence no final, sabia? Mas isso não é verdade, é? Não importa o quanto você malha a gente, a vida sempre descobre um jeito de crescer."

  Em se tratando de uma HQ não posso deixar de lado as ilustrações: elas foram feitas pelo próprio autor e são magníficas! Monocromáticas, é verdade, com certeza de propósito. Não faria sentido esse livro todo colorido. Mesmo assim conseguimos apreciar a beleza da cidade de Nova York nos traços detalhados e caprichosos de McCloud.

  Ao final, os questionamentos que ficam são: Qual a importância real da arte? Ela é mesmo subjetiva?
  E vale a pena correr os riscos da decepção para ir atrás dos grandes sonhos? Ou devemos nos contentar com a simplicidade de ser "só mais um" dentre os seres humanos?

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07 novembro 2017

A Indomável Sofia, Georgette Heyer.


  "Sofia Stanton-Lacy é alegre, impulsiva e de uma franqueza desconcertante, características que não combinam com o que se espera de uma mulher em sua posição na sociedade londrina do início do século XIX. Educada durante as viagens de seu pai, órfã de mãe, ela chega à casa de sua tia em Berkeley Square para derrubar as convenções e surpreender a todos com seus modos independentes e sua língua afiada. E Sophy parece ter chegado no momento certo: seus primos estão com muitos problemas. 
  O tirânico Charles está noivo de uma jovem tão maçante quanto ele, já Cecilia está apaixonada por um poeta, e Hubert tem sérios problemas financeiros. A prima recém-chegada decide então ajudar a todos com sua determinação e impetuosidade, e acaba enfrentando agiotas, roubando os cavalos de seu primo e atirando de raspão em um honrado cavalheiro. Embora sejam sempre mirabolantes e arriscados, seus planos sempre dão certo e tudo parece estar sob seu controle. O que ela não espera, porém, é que seu primo Charles, que aparentemente não vê a hora de arrumar um marido para ela, de repente passa a enxergá-la com outros olhos..." The Grand Sophy  406 Páginas – Record – Georgette Heyer – Ano 2016 (Originalmente em 1950).

                   
                                             
   
                                                                 


  Filha de um diplomata viúvo, a jovem Sofia Stanton-Lacy (que prefere ser chamada de Sophy) não é nem um pouco convencional para uma jovem dama da alta sociedade no começo do século XIX.
 Acostumda a ser carregada pelo pai em suas viagens pelo mundo, Sophy já viu e viveu muito mais do que qualquer garota convencional.

 Sir Horace, o pai, viaja até Berkeley Square, a propriedade de seu cunhado em Londres, e pede à sua irmã que receba sua doce e obediente filha enquanto ele viaja para a América do Sul à negócios.
  Sem ter como recusar o pedido do irmão, Lady Ombersley aceita receber a sobrinha que ela há muito não vê. Sua única preocupação é que seu primogênito, Charles, que é quem cuida de todos os assuntos relacionados à propriedade e ao que sobrou da fortuna da família (o pai quase os levara à falência em apostas), se oponha a vinda da garota, que implicará numa mudança na rotina de todos.

  E que mudança! Qual não é a surpresa dos Rivenhall, ao descobrir que Sofia não tem nada de doce, ingênua e obediente? A garota não tem papas na língua e não aceita que lhe digam o que fazer. Aparentemente dará muito trabalho... e Charles teme que não encontre ninguém disposto a casar com uma figura dessas!

 " [...] A pobre Cecy não consegue tirar uma soneca durante o dia, assim decidimos que ela não devia passar a noite acordada.
    - Quer dizer que você decidiu - disse ele."



  
  Pensa numa personagem impertinente, abusada e intrometida? Assim é a nossa protagonista. 
  Sophy tem aquela mania de fazer tudo exatamente ao contrário do que é aconselhada. Eu comecei a ler o livro achando-a um tanto estressante.

 Ela é o centro das atenções por onde quer que passe. Não só por sua estatura - a garota é bem alta, mas por seus modos extrovertidos e por sua vontade de ajudar todos a sua volta. Conforme vamos conhecendo-na melhor, percebemos o quão grande é seu coração. Coração esse que, para desespero de seu primo - que tem total intenção de encontrar um noivo para a moça, não tem o menor interesse por parte de sua dona em ser ocupado.




  Alerta de livro xuxu! 

  Eu me encantei por esse livro por conta da sinopse (além dessa capa linda, claro) e tive de ir correndo ler. Não lembro se já mencionei aqui, mas AMO um romance cão e gato. Existe uma animosidade entre Sofia e Charles desde o começo, já que ele é um belo dum ranzinza que gosta de tudo certinho e sua prima não conhece os limites da discrição. Claro que, quando ela descobre o ponto fraco dele, aproveita para importuná-lo. E é assim que ela vai desarmando ele.

  "A voz de Sophy cessou; ela ergueu os olhos e encontrou os do Sr. Rivenhall. Ele a fitava fixamente, como se uma ideia, ofuscante em sua novidade, lhe tivesse ocorrido."

  Quem espera um romance escandaloso e sensual já pode dar meia volta. "A Indomável Sofia" foi escrito nos anos 50, portanto não existem cenas tórridas de paixão (à la Julia Quinn, Lisa Kleypas e derivados) durante a leitura. O romance é discreto e acontece de forma até imperceptível para os menos atentos.

  Deixando um pouco o romance de lado, o foco do livro é mesmo a Sophy... que rouba carruagens, discute com desconhecidos e até atira num homem. Um retrato de sua coragem e inconveniência (haha) entregue de forma leve e bem-humorada.

  Recomendo pra qualquer um que aprecie uma boa história, bastante dinâmica e que arranca risadas e suspiros!

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06 novembro 2017

O café, uma via de mão dupla.



Está estampado no nome do blog o apreço que tenho pelo café, sendo ele uma das bebidas indispensáveis na minha vida, pois em um dia normal ou estressante a minha boa e velha caneca de café sempre estará presente - alguns dizem que eu tomo que nem coca cola pelo fato do copo ser sempre cheio - e eu nunca dispenso um bom cafezinho. Porém parei para pensar, seria o café uma via de mão dupla? Porque temos iminentes alguns benefícios, mas e os seus malefícios são externados com eficácia?


Muitos conhecem o café como uma bebida revigorante e essencial para os cafés da manhã, mas poucos sabem que o café teve origem na Etiópia, em 1.000 d.C, e era utilizado por pastores apenas para alimentação dos rebanhos durante longas viagens, logo depois um pastor da Absínia chamado Kaldi resolveu levar o fruto que estimulava os rebanhos a um monge que fez uma infusão e logo perceberam sua eficácia.


 Digamos que ao partimos da linha de raciocínio que o café é uma via de mão dupla devemos analisar os seus benefícios e malefícios ao ser humano. E claro quem o toma desregradamente terá algumas complicações.


Segundo o Dr. Charles Schwambach “O consumo moderado de café (duas a quatro xícaras ao dia) exerce efeito na prevenção de doenças como depressão, cirrose hepática, doença de Alzheimer, asma, diabetes tipo 2, cálculos biliares, câncer de intestino, alguns tipos de dores de cabeça, doença de Parkinson. Previne o consumo de drogas e álcool. Melhora a atenção e desempenho mental. Contém vitaminas, sais minerais, antioxidantes que combatem os radicais livres e cafeína, a principal amina ativa do café, que é absorvida rapidamente e chega ao cérebro em cerca de 20 minutos após a ingestão, onde age aumentando a influência do neurotransmissor dopamina”.


Como você pode ver são diversos os benefícios, e até dá um alívio a nós que não ficamos sem tomar, mas devemos sempre manter a vigilância sobre a quantidade que tomamos, pois pode ser que nos gere alguns problemas.


Os malefícios por sua vez, trazem um certo senso de cuidado para aqueles que ingerem quantidades maiores que seis xícaras, ou seja, do consumo exagerado podendo gerar o enfraquecimento do organismo, perda de vitaminas e minerais, e também o efeito diurético - que é o aumento da eliminação de sódio e água pela urina.


Claro que sobre o assunto temos muito mais o que discutir, porém a informação já basta para ser divulgada e também para nós amantes de uma boa xícara de café, tomarmos cuidado com a nossa saúde acima de tudo.
 


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02 novembro 2017

Uma Conversa sobre Saudade.

imagem: www.motivacaoefoco.com.br

Saudade é um sentimento universal, presente em todas as línguas, nações e corações. O termo tende a ter uma relação de primeiro grau com nossas memórias trazendo a tona experiências, momentos, pessoas… e o que nos é gerado é nostalgia que na maioria das vezes resulta em tristeza.

Saudade segundo o site Significados, tem sua origem do latim e significa solidão, mas pode ser definida como “distância ou ausência de algo ou alguém”.

Hoje para algumas famílias é um dia de relembrar momentos e matar um pouco a saudade da memória daqueles que já se foram. Talvez você não goste de relembrar, mas às vezes necessitamos enfrentar para nos libertar da tristeza que repentinamente aparece em nossos corações.

Afinal a saudade gera doença. Me recordo de um tio que foi morar em outra cidade e acabou não suportando a saudade e faleceu, ele era tão querido. É importante saber que quando a saudade aperta necessitamos tomar uma ação porque de um minuto para o outro pode ser tarde demais.

Lembra qual foi a memória mais feliz com aquele ente, ou amigo? Você por acaso se lembra de quais eram as características da pessoa ou até mesmo as manias que você mais gostava?

As lembranças nunca se apagam e a saudade não perde o sustento se cultivamos da melhor maneira possível, ainda que doa. Recebemos um depoimento que ilustra a saudade sobre a ausência de um alguém muito importante.

“Eu o amo, e disso eu não tenho dúvidas. Cresci sem tê-lo presente na minha vida, e só eu sei o quanto isso me machucou, e vem machucando até hoje. Lembro que, nas apresentações de dia dos pais, enquanto eu cantava a música ensaiada por várias semanas, olhava para o portão da escola e esperava ansiosamente para ele aparecer. O que não aconteceu em nenhum dos meus anos letivos.
Sinto falta dele, mas entendo que as circunstâncias da vida o fizeram mudar de cidade e se afastar de mim. Hoje, quando temos a oportunidade de nos ver, damos aquele abraço apertado, mas não é a mesma coisa. Ele é meu pai, eu sei, mas às vezes é como se ele fosse um estranho para mim. Uma pessoa totalmente nova, que não conhece as coisas básicas na minha vida, como a minha idade.
A saudade existe, e ela dói. A falta que sinto de ter um pai presente, chega a corroer meu coração e me faz pensar que nunca, em hipótese alguma, eu quero que alguém ao meu redor sinta isso”. Nicoli Maia

Com fins de desabafo e conversas esporádicas sobre saudade criamos o formulário abaixo para você que necessita falar com alguém sobre sua saudade. Sinta-se a vontade, pois o sigilo é absoluto.


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