30 março 2018

5 Exercícios para aperfeiçoar a criatividade.


Você, escritor ou criador de conteúdo (olá, amigos blogueiros!), provavelmente já ouviu falar do terrível monstro que assombrou todos nós pelo menos uma vez na vida: o bloqueio criativo. Mas se não sabe o que é, aqui vai uma breve explicação para entender melhor:

Bloqueio criativo é um termo que surgiu na década de 40, a partir de um estudo realizado por um psiquiatra que queria entender porque alguns escritores simplesmente não conseguiam criar - sim, é um termo direcionado primeiramente aos escritores, mas que hoje já é utilizado por diversos artistas para explicar o que nada mais é um momento de falta de inspiração, que pode durar horas, dias, meses, até mesmo anos!

Não vou entrar nas especificações psicológicas das possíveis causas do bloqueio criativo, mas se te interessar, recomendo que leia este post:
(http://www.administradores.com.br/artigos/empreendedorismo/o-que-e-bloqueio-criativo/99595/).

No entanto, se você estiver passando por um desses momentos de “branco” e não vê a hora de superá-lo, separei alguns exercícios que podem ajudar a despertar a criatividade que sei que ainda existe em você:

1.7x7x7 (ou qualquer outro número que você desejar).
O princípio é bem simples: encontre o sétimo livro de sua estante (física ou virtual, afinal estamos no século XXI, não é mesmo?). Abra-o na página 7. Olhe para a sétima frase ou leia o sétimo parágrafo da história. Inicie sua própria história a partir desse conteúdo.

2. Fatos reais x Fantasia.
Leia uma notícia verdadeira no jornal (novamente, físico ou virtual). À partir desse conteúdo, desenvolva uma história fictícia, porém utilizando aqueles mesmos fatos - data, local, pessoas. Metade da sua trama já está quase pronta, só é necessário desenvolver um enredo!

3. Como se fosse à primeira vez…
Volte no tempo e pense nas coisas que você fez pela primeira vez: andou de bicicleta, foi à escola, deu o primeiro beijo, tomou o primeiro porre. Depois, descreva a cena nos mínimos detalhes, deixando a mente fluir. Fique a vontade para mudar os detalhes, afinal, existe melhor maneira de mudar o passado do que escrevendo?

4. Economize palavras!
Descreva um personagem sem utilizar os verbos ser, ter ou estar. Ou então fale sobre uma cor sem utilizar seu nome ou associá-la à algum fenômeno. Escolha apenas 20 palavras e escreva uma página inteira (alguém falou em Dr. Seuss?). Teste o limite do dicionário que há em você (ou no Google)!

5. Crie uma nova persona!
Imagine se você acordasse hoje e descobrisse que é o rei da Inglaterra no século XVIII? Como você agiria? Qual seria seu signo? E suas qualidades? Como você se relacionaria com seus criados? Aproveite a oportunidade de escrita e se transforme em outra pessoa, alguém totalmente diferente do que você é!

E aí, já tentaram alguns desses exercícios? Se tiver mais alguma dica para sair do bloqueio criativo, deixe nos comentários!



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27 março 2018

Anne’s House of Dreams.






Gilbert agora é um médico e o casamento de Anne finalmente chegou. A primeira noiva de Green Gables. Chegou a hora de Anne trocar a fazenda por sua “Casa dos Sonhos”. Mais uma vez há novos amigos. Um deles, Capitão Jim, é cheio de histórias, incluindo a da “Desaparecida Margaret”. A alegria vem para Anne e um dia se vai novamente na forma da pequena Joyce. O tempo e James Matthew curam a tristeza de Anne, mas a memória da pequena Joyce permanece. | L. M. Montgomery – Editora Bantam Books – 256 Páginas – Ano 1992 – Ficção, Romance, Drama, Família.

  Chegamos ao quinto volume de Anne de Green Gables, que teve um tom especial pra mim, pelo fato de que Anne finalmente me alcançou em idade. Agora “conversamos” como iguais. Mas só por um tempo, já que ela termina essa aventura com 27 anos. Anne finalmente se casa e vai morar em sua tão sonhada casa. Lá ela conquista muitas amizades e prova também do amargo da vida: pela primeira vez a vemos infeliz, quando sua maior alegria lhe é tirada. Como não estamos falando de uma personagem qualquer e sim de (agora) Anne Blythe, sabemos que ela dará a volta por cima e continuará iluminando todos ao seu redor.


 Na última resenha dessa série, do livro Anne of Windy Poplars, eu comentei sobre a semelhança nos discursos dos personagens de L. M. Montgomery. Isso ainda acontece, mas senti menos dessa vez. Nesse livro lidamos o tempo todo com adultos, o que talvez tenha contribuído para essa sensação. Até mesmo Davy e Dora já podem assim ser chamados, já que contam quinze anos no casamento de Anne.

 A dinâmica da trama continua a mesma: personagens vêm e vão na vida de Anne – agora, vida dos Blythe – sendo tocados por ela e tocando sua vida de alguma forma também. Em Anne’s House of Dreams merecem destaque o Capitão Jim, vigia do farol de Four Winds Point (região onde eles moram) que tem infinitas histórias para contar de suas navegações; Leslie Moore, a moça mais linda em quem Anne já colocou os olhos, que teve uma vida muito sofrida e tem dificuldades em se abrir para a felicidade; e a Srta. Cornelia Bryant, uma mulher que tem opinião sobre tudo e todos ao redor.

 Senti mais falta do que nunca dos antigos personagens: Marilla apareceu pouco ao meu ver, Rachel Lynde menos ainda e a Diana nem se fala. Mas faz parte, e como essa série não cansa de nos ensinar, as mudanças são necessárias. Uma coisa boa sempre nos espera lá na frente e a própria Anne precisará provar dessa ideia quando passar por um momento de dor do qual ela acredita que não se recuperará nunca. É de partir o coração ver essa garota tão vivaz e otimista, que vimos crescer, tão infeliz e sem esperanças. Mas ela está cercada de amor e dizem que o tempo cura tudo, não é?

 Já sinto a despedida definitiva desses personagens cada vez mais próxima. O final desse livro tem um tom melancólico e reafirma o estado de frequente mudança da vida. É preciso encarar essas mudanças com o coração aberto. Pelo menos com Anne, nos sentimos de fato mais inspirados.

 “ Alegria e dor, nascimento e morte, tornaram para sempre sagrada essa pequena casa dos sonhos.”


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26 março 2018

Verónica.

         
Madrid, década de 1990. Verónica, uma jovem bonita e alegre de 15 anos, passa seus dias se revezando entre os cuidados de três irmãos mais novos e as brincadeiras com seus amigos adolescentes, já que sua mãe viúva (Tese 'Ana Torrent) trabalha por longas horas diariamente. O que ela não imagina é que, após participar de um Ouija encontrado em sua escola, sua vida passará a ser terrivelmente atormentada.


Título: Verónica
Direção: Paco Plaza
Nacionalidade: Espanha
Idioma original: Espanhol
Gênero: Drama, Terror
Lançamento: 25 de agosto de 2017
Duração: 1h46min.



Verónica (Sandra Escacena) tem 15 anos e apesar de ser uma jovem, passa seus dias cuidando de seus três irmãos mais novos, alternando com as brincadeiras com seus amigos adolescentes e indo ao colégio, levando em consideração as longas horas que sua mãe trabalha. Ao participar de uma seção Ouija na escola tudo muda e talvez seja tarde demais para voltar atrás.


A direção de Paco Plaza, é boa e similar aos seus outros filmes já produzidos, tais como REC e Quarentena. A retenção do telespectador é um tanto demorada, pois como de costume nos filmes de terror, no início tudo está totalmente normal até que alguém vá mexer com o que não deve, e foi exatamente o que aconteceu. Veró, participou do jogo maldito e desde então não foi mais a mesma.


O surpreendente é que os sustos são dosados e previsíveis, imagino que a aprovação do público sobre este filme se baseie neste fator, pois é um terror nivelado e assustador, tudo ao mesmo tempo.

Aprecio o enredo devido ao seu conteúdo cinematográfico ser único, e também por não ter falto nada levando em consideração o filme ser baseado em fatos reais e ter um desfecho “completo” e a apresentação dos verdadeiros fatos ocorridos na década de 1990 no final do filme, essa ousadia é um diferencial e tanto, apesar de estarmos acostumados a ver isso logo no início.


Verónica é uma produção parcialmente completa e que de fato, leva o crédito que o público dá a obra. A aventura e terror da descoberta de cada take pode trazer uma opinião divergente da que tivemos, mas tenho certeza de que você que ama terror com uma pitada de drama vai adorar esta produção.


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24 março 2018

5 personagens inspiradores de SKAM.



“A série retrata a vida cotidiana de adolescentes da Hartvig Nissen (Hartvig Nissens Skole), uma conceituada escola no bairro rico de Frogner, em Oslo, acompanhando seus problemas, escândalos e a rotina do dia. Cada temporada muda de protagonista com um ponto de vista diferente. A primeira temporada acompanha a vida de Eva Kviig Mohn, introduzindo sua amizade com Noora Amalie Sætre, Vilde Lien Hellerud, Sana Bakkoush e Chris Berg, além de seu conturbado relacionamento amoroso com Jonas Vasquez. A segunda temporada acompanha Noora Amalie Sætre, introduzindo seu relacionamento com William Magnusson e todas as dificuldades do casal. A terceira temporada acompanha Isak Valtersen, sua descoberta da orientação sexual e introduzindo seu relacionamento com Even Bech Næsheim. A quarta e última temporada da série acompanha Sana Bakkoush, apresentando a polêmica do preconceito em torno da religião islâmica e seu interesse amoroso com Yousef Acar”.

5- Eva Kviig Monh é a famosa "certinha" que mesmo tendo a personalidade mais centrada e pacifica da série, está sempre se metendo em confusão. Em cada episódio vemos a personagem se desdobrando para fazer novas amizades agora que está no ensino médio, e ainda manter o relacionamento com Jonas, o garoto que antes era namorado de sua melhor amiga. O que mais me fascina em Eva é sua disponibilidade para aceitar as mudanças, a garota simplesmente se afastou de todos que conhecia para viver um lindo romance, e na segunda temporada de Skam, está surpreendendo todos que achavam que ela era uma personagem entediante.

4- Chris Berg definitivamente é a personagem mais engraçada de Skam, a garota diverte não só as amigas como quem acompanha a série. Logo nos primeiros episódios já é possível dar muitas gargalhadas com as aparições de Chris, apesar de ser uma personagem cuja vida quase não é abordada. Outra característica inspiradora de Chris Berg é sua aceitação quando o assunto é amor próprio, a garota não só mostra estar feliz com seu próprio corpo, como demonstra total aversão aos padrões de beleza.

3- William Magnusson sempre rouba as atenções em suas aparições, não só por ser aparentemente bonito e atraente, mas por sua personalidade misteriosa. O personagem é conhecido como "fuckboy" por todas as garotas da escola, isso se deve ao fato de que ele sempre consegue a garota que quer, mas nunca assume um relacionamento sério. Porém, no final da primeira temporada ele se vê irremediavelmente atraído por Noora Amalie, uma garota nada feminina e que não dá a mínima para ele. Foi a partir deste momento que me apaixonei completamente por William, me julguem, mas adoro esse clichê onde o garoto mais popular e cafajeste da escola acaba se tornando uma pessoa melhor quando se apaixona.

2- Sana Bakkoush pode não parecer muito divertida para quem acabou de iniciar a série, mas garanto que ao longo dos episódios vamos conhecendo uma garota com senso de humor hilário. Além das aparições sempre divertidas e descontraídas, Sana também emociona e trás muita reflexão! Por ser muçulmana em um país desconhecido, a personagem possui uma personalidade correta e intrigante, além de sempre ter um conselho na ponta da língua para as amigas. Outra característica que fez com que eu me apaixonasse por Sana, é sua confiança e coragem, ela não abandona seus princípios quando é julgada e não cansa de deixar bem claro que sua fé é bem maior que o seu "desejo" de ser uma adolescente comum.

1- Noora Amalie Saetre definitivamente é a melhor personagem de Skam, não é à toa que ganhou uma temporada só para abordar sua vida amorosa. Para aqueles que gostam de mulheres fortes, corajosas e independentes, Noora é um ótimo exemplo! A história de vida da personagem em si já é inspiradora, isso porque ela saiu de casa aos 15 anos de idade para morar sozinha e está sempre defendendo seus direitos como mulher. A garota é cheia de opiniões e não dá a mínima para relacionamentos, isso até conhecer William e ter sua tranquilidade roubada. É impossível não se apaixonar por esse casal e torcer por eles até o fim, mas não garanto um romance "água com açúcar" onde tudo sempre dar certo, com eles, é um problema atrás do outro, o que torna tudo ainda mais cativante.

Skam é diferente de todas as séries de drama que já assisti, me diverti, me emocionei e apaixonei-me por cada um dos personagens. Se você está procurando uma série que aborda os problemas da adolescência, as paixões juvenis e a busca por um lugar na sociedade, recomendo que conheçam Skam e prometo que vão desejar que nunca tenha um fim. 

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20 março 2018

Orgulho e Paixão: Primeiras Impressões.


                        


É claro que a louca por Jane Austen aqui não ia deixar passar batida essa “adaptação” da Rede Globo. Coloco em aspas porque trata-se que fique claro, de uma novela “inspirada” em seis histórias da Jane: Orgulho e Preconceito, Emma, Razão e Sensibilidade, Mansfield Park, A Abadia de Northanger e Lady Susan.
(Ficou confuso? Aqui tem um post da autora Moira Bianchi explicando quem é quem nessa salada.

Já vou deixar claro que não gosto de novelas. É um gosto pessoal. Acho novelas melodramáticas, muito arrastadas (a maioria podia ter metade da duração) e quase sempre rendidas ao fanservice, o que eu detesto. Claro que como toda brasileira, cresci vendo novelas, e o fato de não gostar do formato não significa que de vez em quando eu não dê uma espiada em uma ou outra. De qualquer forma, sempre que começo uma, acabo reafirmando a mim mesma que novelas não são pra mim.
Mas eis que no segundo semestre do ano passado descobri que vinha por aí uma novela que eu seria obrigada a acompanhar!

Um crossover de seis histórias da Jane num formato no mínimo duvidoso (haja vista que as novelas são consideradas produto cultural inferior) serviu pra deixar muito fã de cabelo em pé! A frase “Jane Austen está se revirando no túmulo” nunca foi tão repetida desde o lançamento de Orgulho e Preconceito e Zumbis - o livro, porque o filme a maioria deu o braço a torcer e acabou achando engraçadinho (não foi meu caso).

Mas vamos a mais nova versão de (principalmente) Orgulho e Preconceito, com todas as mudanças convenientes e, por que não dizer, necessárias ao formato, ao país e ao público.
O plot principal da trama segue sendo a mãe desesperada para casar suas cinco filhas. Vera Holtz dá vida a uma Sra. Bennet ainda mais dramática do que achamos ser possível. Suas meninas, Elisabeta (ninguém se conformou não gente, mas aceita que dói menos), Jane, Mariana, Cecília e Lídia, têm personalidades bem diferentes, mas todas de certa forma sonham com um amor. Elas são vividas, respectivamente, por Nathalia Dill (minha musa, fui eu que pedi sim!), Pâmela Tomé, Chandelly Braz, Anaju Dorigon e Bruna Griphao.

 

O personagem de escalação mais aguardada não poderia deixar de ser o mocinho austeniano mais famoso, marcado principalmente pelas interpretações de Colin Firth e Matthew Macfadyen. Agora... Se no mundo austeniano a briga “quem é o melhor Darcy” já é forte, imaginem o frisson que não ia causar um Darcy tupiniquim. Eis que Thiago Lacerda (com 40 anos hoje) foi escolhido para o papel e divide opiniões por diversos motivos: as crushadas no Matteo, no Giuseppe Garibaldi e no Capitão Rodrigo certamente babaram, mas tem sempre aquelas que o acham “muito velho” (tenham dó, o Colin não era nenhum mocinho quando fez o Sr. Darcy) ou que não gostam de seu trabalho. Até dos muitos sorrisos do personagem já reclamaram.

Mas e o ódio que já está sendo destilado para o lado de Orgulho e Paixão como um todo? De onde vem?

Em primeiro lugar queria dizer que nós, as janeites, já estamos sendo chamadas de “talifãs” pela internet afora porque existe uma discussão massiva sobre essa “adaptação” e até mesmo boicotes e protestos. Mesmo existindo os fãs puristas que abominam qualquer adaptação, o problema para as fãs, dessa vez, está no país. Que presunção trazer O&P pro Brasil, né?

Em 2015 Gabriel Sater e Lucy Alves (esta coincidentemente cantando a música de abertura da novela) protagonizaram Nuvem de Lágrimas, um musical baseado em Orgulho e Preconceito embalado somente por músicas do Chitãozinho & Xororó, e é claro que antes de estrear a produção já parecia ter mais haters do que Hitler e Bin Laden juntos. Eu, é claro, fui conferir e só posso dizer que saí com os olhos cheios d’água... Como alguém pode pensar que Darcy e Lizzie embalados por Evidências dariam errado? haha
Aparentemente, nesse país se sofre de um tipo de síndrome de inferioridade que é auto promovida. Vou deixar aqui o link de uma matéria muito legal escrita pela Valéria, do Shoujo-Café, que trata justamente de Orgulho e Paixão e o preconceito com o produto nacional.

Voltando à novela, minhas primeiras impressões (sabiam que esse era o título original de Orgulho e Preconceito?) foram mais ou menos o que imaginei: as chamadas mostraram de cara muito drama e interpretações exageradas, às vezes muito teatrais, mas mesmo assim não consigo não estar com as expectativas lá em cima. Em primeiro lugar: é Jane Austen! E em segundo lugar vários casais pra shippar (inclusive aqueles que nada têm a ver com o universo da autora).


Eu posso até não gostar da novela - e isso eu conto quando acabar, mas sempre defenderei o direito de adaptarem! Adaptação/inspiração, tá aí pra isso mesmo: pra tirarmos histórias de outras histórias.

E uma história protagonizada por seis fortes mulheres é exatamente o que precisávamos agora. Acredito que Orgulho e Paixão dará, de forma ainda menos sutil do que Jane, uma amostra de empoderamento que vem no melhor momento possível, que é quando o feminismo está mais em alta do que nunca.


Além disso, pelo que pudemos espiar até agora a fotografia está de tirar o fôlego e juntamente com as cores utilizadas (principalmente nos figurinos das protagonistas), contribui para uma trama extremamente alegre e vivaz. Algo me diz que essa novela será o “frescor das 18h”, um entretenimento para nos fazer sorrir, sonhar e nos distrair. Se vem calcada em Jane Austen, tanto melhor, porque talvez seja o início da história de alguém com essa escritora maravilhosa!

Às vezes parece que as janeites não querem dividir a autora com mais ninguém. Que egoísmo é esse? Aliás, que preconceito é esse? Parece até que não tiraram nenhuma lição do livro. Eu quero mais é espalhar Jane Austen! Pode vir uma adaptação por ano, em qualquer formato e com quaisquer mudanças – por mais que se afastem da obra original em seu decorrer – que é ótimo. Vocês precisam colocar na cabeça que simplesmente não existe “estragar o livro”, porque no livro ninguém vai mexer.

É disso que precisamos agora: Menos preconceito e mais paixão! Quanto mais Jane Austen melhor!


Fonte de imagens: Rede Globo



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19 março 2018

Amaldiçoada.


Liz (Dakota Fanning) é uma corajosa mulher que tenta fugir de seu passado, mas passa a ser perseguida por um fanático diabólico (Guy Pearce). Diante dessa adversidade, Liz é uma verdadeira sobrevivente, que vai lutar para criar uma vida melhor para ela e sua filha. Custe o que custar, Liz fará de tudo para trazer retribuição.


Título: Amaldiçoada
Direção: Martin Wouter Koolhoven
Nacionalidade: Alemanha, Bélgica, França, Suécia e Países baixos
Idioma original: Inglês
Gênero: Faroeste, Mistério, Thriller
Lançamento: 10 de março de 2017
Duração: 1h48min.

Em Amaldiçoada nos deparamos com a história de Liz, interpretada por Dakota Fanning, uma mulher que tenta a todo custo fugir de seu passado que é perturbado pelo diabólico reverendo, interpretado por Guy Pearce. Apesar de sua coragem a personagem tem de enfrentar seus medos por conta do amor que nutre pela filha e também para que ela consiga por fim criar a sua filha e viver em paz.

Recentemente assisti a este filme, qual eu nem sabia que existia e me surpreendi apesar de algumas ressalvas.

A história de Liz é verdadeiramente perturbadora, chega a dar pena do grau de seriedade que a sua história toma ao ter que frequentemente fugir de um passado que mais parece uma maldição, o que verdadeiramente a condenou.


O filme tem um formato interessante de desenvolvimento, o mesmo é por partes, contudo começa exatamente pelo meio e as cenas que o sucedem é exatamente referente ao início de tudo dando sequência até o desfecho da história.
Sinceramente nunca pensei gostar, parcialmente, de uma história tão perturbadora como a da personagem, fugindo de um reverendo diabólico. É realmente um filme bem pesado, e para você que não é fã de Thrillers do tipo, talvez este não seja o filme ideal para você.

O enredo e a forma como a trama é desenvolvida e descoberta pelo telespectador não é inovador o suficiente, contudo a originalidade da história ganhou um ponto positivo comigo. Passei por tensão, raiva, foram realmente um mix muito grande de sentimentos durante a apreciação deste, e não me arrependo porque sei que o talento de cada um selecionado para o cast é realmente excelente. A cada personagem, dou os parabéns, mesmo que eu tenha me afeiçoado apenas pelas crianças do elenco.


Este filme trará a você um mix de sentimentos e o desafiará a apreciação de uma obra complacente com o público que a aprecia.


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16 março 2018

A vida e obras de Rick Riordan.



Richard Russell Riordan Jr. - ou somente Rick Riordan - nasceu em San Antonio, Texas, no dia 5 de junho de 1964. Você já deve ter ouvido falar dele, pois o escritor norte-americano obteve reconhecimento ao escrever a série Percy Jackson & os Olimpianos.

Particularmente, me apaixonei pela escrita leve do autor logo no primeiro livro de Percy Jackson, O Ladrão de Raios. Sua maior característica é o humor impermeável nas histórias. Atualmente, Rick é considerado por muitos leitores um dos maiores escritores teens do século e por muitas vezes é comparado à J.K. Rowling e sua série Harry Potter.

Durante 15 anos, Riordan ensinou inglês e história para alunos de escolas públicas e privadas dos Estados Unidos. Durante esse tempo, publicou a série de mistérios Tres Navarre, voltada para o público adulto, que ganhou diversos prêmios importantes da categoria.

Quando seu filho mais velho, Haley, foi diagnosticado com Dislexia e Déficit de Atenção, Rick começou a contar a história de um menino com esses mesmos problemas, porém que descobria ser um semideus grego, unindo, então, dois assuntos de interesse da criança: a semelhança entre sua condição e a paixão por mitologia grega. Assim, o autor criou seu personagem mais famoso, Percy Jackson.

Conheça todos alguns dos livros de sua autoria:

Série Percy Jackson e os Olimpianos:
O Ladrão de Raios
O Mar de Monstros
A Maldição do Titã
A Batalha do Labirinto
O Último Olimpiano

Livros Complementares:
Os Arquivos do Semideus
Semideuses e Monstros

Série As Crônicas dos Kane:
A Pirâmide Vermelha
O Trono de Fogo
A Sombra da Serpente

Série Os Heróis do Olimpo:
O Herói Perdido
O Filho de Netuno
A Marca de Atena
A Casa de Hades
O Sangue do Olimpo

Série The 39 Clues:
O Labirinto dos Ossos
Ascensão dos Vespers

Série Tres Navarre:
Big Red Tequila
Widower's Two-Step
The Last King of Texas
The Devil Went Down to Austin
Southtown
Mission Road
Rebel Island

Romances Independentes:
Cold Springs

Além disso, alguns de seus livros viraram novelas gráficas. Veja abaixo algumas curiosidades:

     O Ladrão de Raios, O Mar de Monstros e A Maldição do Titã ganharam adaptações gráficas, desenvolvidas por Robert Venditti;
     A Pirâmide Vermelha e O Trono de Fogo foram os únicos livros da série As Crônicas dos Kane que viraram novelas gráficas;
     O Herói Perdido foi lançado em quadrinhos em 07 de outubro de 2014.

E você, já leu algum livro de Riordan? O que achou? Deixe nos comentários suas opiniões!


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13 março 2018

Royal Hearts.


Título: Royal Hearts
Direção: James Brolin
País: Estados Unidos
Idioma original: Inglês
Lançamento: 24 de fevereiro de 2018
Gênero: Comédia
Duração: 1h 23min.

 " Em Montana, nos Estados Unidos, a romântica incurável Kelly Pavlik (Cindy Busby), uma professora ávida por terminar sua tese, e seu pai Hank (James Brolin), um fazendeiro, ficam sabendo que ele herdou uma propriedade numa terra distante chamada Merania. Quando vão até lá, Hank descobre que herdou não só a propriedade, mas também o título que vem com ela: rei!”

 Um beijo pra quem adivinhar de quem a protagonista é fã!

 Se você me conhece bem, sabe que a resposta é: Jane Austen. A Kelly é professora, está concluindo seu doutorado e é simplesmente fissurada em Orgulho e Preconceito (sério, em menos de 30 segundos de filme ela já mencionou o livro, e eu já estava vendida). Meu interesse pelo filme não saiu daí. O trailer não revela esse fato sobre a personagem, então só posso concluir que forças maiores de fato me ligam à Jane, haha. E a atriz principal também, já que ela própria interpretou Elizabeth Bennet numa versão modernizada e alternativa de Orgulho e Preconceito produzida pelo Hallmark há dois anos, um filme chamado Unleashing Mr. Darcy.

 Brincadeirinhas à parte, Kelly tem planos de se mudar para a Europa e dar aulas em Oxford, e seu pai Hank, sua única família no mundo, não é muito fã da ideia, visto que ele é o tipo de pessoa que tem orgulho de suas raízes e se sente perfeitamente feliz onde e como está.



 Um belo dia acontece a coisa mais louca na vida de Hank: ele recebe a visita de um procurador dizendo que herdou uma grande propriedade em Merania, um lugar do qual ele nunca ouviu falar, localizado na área central da Europa. Animada, Kelly convence o pai (não sem esforço) a dar uma olhada no lugar e eles viajam até lá.

 É só depois de Hank achar curioso todo o tratamento e reconhecimento que está recebendo que sua filha revela a ele: com o falecimento de um parente muito distante, Hank agora é o herdeiro do título e logo será coroado rei.

 Não preciso nem dizer o absurdo que isso tudo lhe parece e para vocês terem uma ideia, a primeira atitude do homem é consertar uma cerca! Vaqueiro até o talo, rs. Ele acha ridícula toda essa história e até mesmo o próprio regime monárquico (dá pra sentir uma cutucadinha aqui), mas Kelly o convence a ficar por lá pelo menos duas semanas para conhecer e impedir que o reino vá imediatamente para as mãos do rei de Ambrosia, deixando seu povo devastado.

 Devo explicar aqui que Merania e Ambrosia já foram um único reino e certa vez o rei que tinha filhos gêmeos não sabia para qual dos filhos o daria, então dividiu em dois, olha que simples!

  Claro que não vou dar spoiler, mas apesar do meu coração genoviano, preciso dizer o quão interessante é o final desse filme, digamos, politicamente falando. Diferente de qualquer filme sobre realeza que eu tenha visto. Adorei!

  Um personagem que não posso deixar de apresentar é o Alex, o pastor do castelo que adora provocar Kelly e logo conquista o rei Hank com seu jeito. Ele é bem simples, prático e ama a vida que leva. Gabriel Oak genérico, mas muito apaixonante também.



   O romance, melhor dizendo, os romances, também são bem construídos (na medida do possível para um filme de uma hora e vinte) e muito fofos!

   Hank, que é viúvo, logo se interessa por Joanne, a simpática dona de um bar na cidade, que é bastante pé no chão e aprecia a companhia dele, dispensando inclusive as formalidades da realeza, o que mostra de cara uma sintonia de pensamento!



 Kelly se vê no meio de um triângulo, já que o rei de Ambrosia, Nikolas, está decidido a se casar com a americana que, de acordo com ele, é a moça mais encantadora que já conheceu. Hank não aprova o romance, até porque, para ele, a filha está claramente apaixonada por outra pessoa...

 A história de amor dela tem uma pegada muito parecida com a de outro filme do Hallmark que eu resenhei aqui, Love by the Book, mas ao contrário da Emma, a Kelly é mais racional, o que eu amei!



 Como vocês sabem, o Hallmark Channel faz filmes voltados para a família e Royal Hearts não é diferente, mas com um simpático rei com um chapéu de caubói no lugar da coroa, ganha pontos ao nos apresentar um final “alternativo” entre os filmes do tema e ao mostrar a importância de seguir seu coração e ser fiel a si mesmo.


   " - Então, o que Jane Austen diria?
 - Acho que ela não só aprovaria, mas escreveria sobre nós."



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12 março 2018

Fraude Legítima, E. lockhart.


 Jule West Williams é uma garota capaz de se adaptar a qualquer lugar ou situação. Imogen Sokoloff é uma herdeira milionária fugindo de suas responsabilidades. Além do fato de serem órfãs, as duas garotas têm pouco em comum, mas isso não as impede de desenvolver uma amizade intensa quando se reencontram anos depois de terem se conhecido no colégio. Elas passam os dias em meio a luxo e privilégios, até que uma série de eventos estranhos começa a tomar curso, culminando no trágico suicídio de Imogen e forçando Jule a descobrir como viver sem sua melhor amiga. Mas, talvez, as histórias das duas garotas tenham se unido de maneira inexorável — e seja tarde demais para voltar atrás. | E. Lockhart – Editora Seguinte – Página 273 – Ano 2017 – Ficção, Jovem Adulto, Suspense e Mistério.




Jule é uma garota normal, flexível e amiga de Imogen Sokoloff, qual se identifica devido à similaridade que têm, não só na aparência, mas também no fato de ambas serem órfãs. A amizade delas é intensa e até mesmo questionável há quem observa bem a situação das duas. Coisas estranhas tomam curso na história após o suicídio de Imogen e nada parece estar mais no lugar. Para voltar atrás, talvez já seja tarde demais.

Me envolvi um tanto ao decorrer das páginas, me senti intrigado e enganado, o que é uma característica típica da E. Lockhart em seus suspenses e mistérios. Tive o pré-conceito de quais eram realmente as intenções de cada um dos personagens, e também a costumeira impressão que temos e qualquer leitor que já esteja habituado a escrita da autora tem.


A aparência e estruturação de cada um dos personagens é muito bem descrita e resulta na visualização imaginária de cada um dos personagens. Particularmente assimilei alguns com artistas brasileiros, por exemplo, o Forest – namorado de Imogen – com Daniel Furlan, apesar de terem o cabelo totalmente diferente. Mais de forma geral a construção de cada um dos personagens é impecável.

O único personagem que me afeiçoei, foi a Jule, apesar de todos os fatos controversos. Quanto aos outros não tive nenhum apreço pelo simples fato de que Imogen não é realmente tudo o que esperamos de uma mocinha, Forest é um riquinho mala, Broken é sincera e irritante de certo modo, enfim, não existiram motivos suficientes para que eu os adorasse como gostei de Jule, apesar de serem todos excepcionais em suas características.



O enredo e o modo de estruturação da história são um diferencial e tanto, pois os capítulos são de forma decrescente dando um contraste ao enredo de forma positiva, para a localização dos personagens. A Lockhart soube desenvolver isso sem embolar toda a história e isso é demais! Os aspectos físicos são impecáveis, diagramação e capa estão excelentes.

Este livro te envolve em uma trama misteriosa totalmente atípica do habitual, e muito bem elaborada, sendo esta uma característica crucial para fisgar ao leitor e o entreter. Ideal para você que adora suspenses e mistérios.


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