27 fevereiro 2018

Charneca em Flor, Florbela Espanca.






Impressionante como a Florbela tem o poder de, com os seus poemas, nos inspirar a viver cada minutinho com força!

Eu gosto muito dessa autora e costumo compará-la a uma manhã de sol na grama. Essa melancolia e sensualidade que permeiam seus poemas são quase um “sopro de liberdade” nas nossas faces.

Ser mulher e poetisa no começo do século XX requer muita coragem e só por isso Florbela Espanca já é digna de admiração. Além disso, ela envereda por caminhos em suas poesias que eram, é claro, considerados ousados para aquela época.

“(...)E, nesta febre ansiosa que me invade,Dispo a minha mortalha, o meu burel,E, já não sou, Amor, Soror Saudade...Olhos a arder em êxtases de amor,Boca a saber a sol, a fruto, a mel:Sou a charneca rude a abrir em flor!”


Conheço a Florbela há alguns anos, vivo usando trechos de seus poemas como legendas no instagram, mas nunca havia pegado uma antologia sua pra ler (me julguem). E não é que o fiz no melhor momento possível? Ler esse livro foi como um banho morno. Me senti extremamente relaxada após terminar e com uma vontade tão grande de... não sei... viver? Sei que fiquei super inspirada.

 Os poemas de Charneca em Flor falam de amor, dor, solidão, paixão, natureza, orgulho, Deus, desejos, ansiedade, entre outros...

Quatro que particularmente me chamaram a atenção foram: Panteísmo, Orgulho, IV e principalmente Quem Sabe?... Esse último, sobretudo, falou diretamente comigo.

“Quem sabe se este anseio de Eternidade,A tropeçar na sombra, é a Verdade,É já a mão de Deus que me acalenta?”

Queria muito ter lido esse livro em frente ao mar, com uma música celta tocando nos fones, porque aí sim, sairia flutuando!

Recomendo do fundo do meu coração! Duvido que você não se sinta extremamente contemplativo(a) ao terminar.

“Tarde de brasa a arder, sol de verãoCingindo, voluptuoso, o horizonte...Sinto-me luz e cor, ritmo e clarão(...)”

Observação: Eu leria qualquer coisa com esse título. Vocês conseguem pensar em um nome mais bonito, poético, fresco e feminino, do que Charneca em Flor?

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26 fevereiro 2018

Capas ao redor do mundo: Mentirosos, E. Lockhart.





Não sei se vocês já pararam para pensar, mas existem grandes diferenças sobre o design das capas dos livros ao redor do mundo. Para desvendarmos outros modelos, preparei esta matéria justamente para sanar essa dúvida e apreciarmos belas capas de outros países, como também as nacionais.


Frequentemente farei a publicação de matérias do tipo, sempre com um livro foco, diferente. O livro da vez é o meu queridinho, Mentirosos, da E. Lockhart. Selecionei 8 capas de algumas regiões do mundo, das quais você pode votar nos comentários qual é a sua favorita entre elas.

A minha é a do Brasil mesmo, é a melhor de todas, sem mais! Rsrs.



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24 fevereiro 2018

Olá, sou Meicy!



Olá! Sou Meicy Lins, tenho 18 anos, nasci no interior do Maranhão e atualmente moro na capital para cursar Direito. Não sei se sou a melhor pessoa para me definir, mas se tem uma palavra que me define é “Determinação", pois não costumo desistir dos meus objetivos e indo sempre até o fim para conquistar o que quero.

Totalmente apaixonada pela escrita, escrevi meu primeiro livro aos 12 anos de idade e desde então fiz das palavras o meu refúgio, escrever é meu passatempo preferido, já se tornou rotina sentar em um lugar tranquilo e começar a escrever sobre qualquer coisa. Adoro ler, leio até mesmo bula de remédio. Meu escritor favorito é John Green e obviamente o meu livro preferido é “A culpa é das estrelas”. Tenho uma enorme coleção de livros, desde Cassandra Clare a Érico Veríssimo, não me limito a ler apenas romance, gosto de me aventurar nas ficções científicas e sobrenaturais.

Sonho em um dia poder publicar o meu livro, aliás, atualmente estou escrevendo "As facetas de Elizabeth" na plataforma do Wattpad. Sou uma amante da arte, e também me arrisco com poesias no tempo livre. Não tenho vergonha de dizer com todas as letras que sou uma romântica incurável daquelas que adoram um clichê seja ele em filme, livro ou série. Tenho uma fixação por coisas Vintages, roupas, objetos e até mesmo filmes, quem me conhece sabe que daria tudo para ter nascido a umas décadas atrás, definitivamente uma alma a moda antiga.

Outra das minhas fixações são as séries, posso falar sobre elas durante horas a fio sem me cansar, mas vou poupa-los disso e dizer apenas que sou completamente apaixonada por The Vampire Diares (se você ainda não assistiu, corre para conferir agora mesmo). Serei colaboradora no site e prometo contribuir com conteúdos ricos em conhecimento e diversão, porém aviso que tudo que escrevo vem carregado de sentimentos, espero que estejam preparados para isso (sou muito sentimental).

Muito obrigada pela atenção e pela oportunidade de poder falar um pouco sobre mim! Estarei sempre presente nos dias de sábado aqui no site. Para entrar em contato comigo é só enviar um e-mail para: meicy.lins@cafeidilico.com, estou disponível para ler críticas e sugestões, e claro, bater um papo com vocês.

Um beijo e até a próxima postagem.

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23 fevereiro 2018

Muito Prazer!


Quero me apresentar a você! Meu nome é Julia Rietjens – pode me chamar de Ju -, moro no interior de São Paulo. Venho de uma cidadezinha com menos de 15.000 habitantes, chamada Holambra, e acabei de me formar em Publicidade e Propaganda pela PUC Campinas. Ah! Mais um detalhe, sou a escorpiana mais amorzinho que você irá conhecer na vida, tenho certeza! Estou muito contente em dizer que, a partir de hoje, faço parte do time Café Idílico!

Minha paixão por livros começou aos 10 anos quando entrei em contato com o fantástico mundo de Harry Potter. Desde então, sou uma leitora ávida que, quando não tem dinheiro para comprar livros novos, repete os mesmos da biblioteca particular que existe em meu quarto – já li toda a saga de Harry seis vezes.

Esse amor pelas estórias se transformou em curiosidade pelos autores. De repente, eu estava procurando tudo o que podia sobre P.C. e Kristin Cast, Stephenie Meyer, Lemony Snicket, Cecily Von Ziegesar e vários outros escritores que vivem na minha estante. Por isso, se preparem para uma coluna voltada somente para os melhores autores deste planeta! Vou falar sobre a vida, curiosidades e citar algumas obras dos meus escritores favoritos. Já adianto que sempre, sempre mesmo, que você quiser saber mais sobre um autor em particular, pode mandar uma mensagem no meu e-mail julia.rietjens@cafeidilico.com. Ficarei mais do que feliz em escrever sobre a vida e história de seus ídolos!

Também foi a literatura que, além de me fazer viajar para mundos e épocas diferentes, me inspirou a escrever. Logo que completei 12 anos, comecei eu mesma a criar minhas histórias e a colocá-las no papel. Aos 16, escrevi meu primeiro livro em inglês para uma aula de redação durante meu intercâmbio nos Estados Unidos. E agora, aos 22, comecei a publicar minhas obras na plataforma Wattpad, a qual já amo de paixão.

Como sempre me dediquei muito à escrita, gostaria de compartilhar o meu crescente conhecimento com os futuros escritores perdidos por aí. Esperem por dicas incríveis sobre como melhorar sua técnica, como sair de bloqueios criativos, indicações de cursos grátis sobre o tema e muito mais!

Mal posso esperar para começar a compartilhar meus textos com você. E de antemão agradeço ao Victor pela simpatia, acolhimento e oportunidade de deixar minha marca em um blog que é totalmente a minha cara.

Caso queira entrar em contato comigo, pode me adicionar/seguir nas redes sociais abaixo:
Facebook: Julia Rietjens
Instagram: @jurietjens

Um beijo enorme e até breve!

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22 fevereiro 2018

Meu eu: Isabella Klycia.



Oi galera! Meu nome é Isabella Klycia. Moro na cidade de São Paulo, no município de Embu das Artes. No momento trabalho e estudo e tenho a certeza de que futuramente terei um retorno positivo quanto a isso. Pretendo entrar na faculdade em breve e tenciono cursar Marketing, pois é uma área despojada da qual me identifico. Sou muito comunicativa, e devido essa característica fazer amizades ou até mesmo me infiltrar em algum grupo é fácil. Agora, faço parte da equipe do Café Idílico e como Editora e Colunista do site, irei me empenhar para trazer a vocês ideias diversificadas e pensamentos fora da caixa.

Tenho um prazer enorme em cantar, me faz muito bem, e é parte do meu cotidiano. Ah! E por falar em cantar, com as músicas não é diferente, pois sou eclética, contudo costumo apreciar as canções que tenham uma certa “poesia” e que passam uma mensagem positiva.

Sendo transparente com vocês, não tenho muita atração por leitura, porém gosto de um bom filme e também de jornal seja ele escrito ou televisivo. Apesar de não ler com frequência sou analítica e cuidadosa com a escrita. Acredito que escrever bem e com coerência é um grande convite para que o leitor sempre volte para conferir a próxima matéria.

As novas experiências são sempre bem-vindas, por este motivo resolvi me desafiar e fazer parte do blog. Portanto pretendo me dedicar ao máximo, e espero sinceramente que gostem dos assuntos que serão abordados nas colunas que escreverei. Para qualquer sugestão ou crítica podem me contatar pelo e-mail: isabella.klycia@cafeidilico.com, estarei sempre a disposição.

Desde já agradeço ao Victor pela oportunidade.

Até breve!


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20 fevereiro 2018

Codinome Lady V, Lorraine Heath.



  "Cansada de rejeitar pretendentes interessados apenas em seu dote escandalosamente vultoso, Minerva Dodger decide que é melhor ser uma solteirona do que se tornar a esposa de alguém que só quer seu dinheiro. No entanto, ela não está disposta a morrer sem conhecer os prazeres de uma noite de núpcias e, assim, decide ir ao Clube Nightingale, um misterioso lugar que permite que as mulheres tenham um amante sem manchar sua reputação.
  Protegida por uma máscara e pelo codinome Lady V, Minerva mal consegue acreditar que despertou o desejo de um dos mais cobiçados cavalheiros da sociedade londrina, o Duque de Ashebury. E acredita menos ainda quando ele começa a cortejá-la fora do clube. Por mais que ele seja tudo o que ela sempre sonhou, Minerva não pode correr o risco de ele descobrir sua identidade, e não vai tolerar outro caçador de fortunas."
 
Falling Into Bed With a Duke  256 Páginas – Gutenberg – Lorraine Heath – Ano 2017 (Originalmente em 2015).


                                                  Codinome Lady V
                                                              


   Minerva Dodger é jovem, mas aparentemente nem tanto para ser solteira. Após várias temporadas de bailes e várias rejeições a pedidos de casamentos de homens interessados em seu dote, ela decide que continuará assim, já que não tem intenção de aceitar se casar por menos do que o amor verdadeiro. 

  “ - Pode me visitar se quiser, meu lorde, mas saiba que de modo algum vou me casar com o senhor.
 - Não vai receber uma proposta melhor.
 - Isso pode mesmo ser verdade, mas duvido muito que eu receba uma proposta pior."

  Mesmo assim, ela não pretende morrer virgem, e recorre ao Clube Nightingale, um lugar onde mulheres iam para encontrar amantes e não precisavam revelar suas identidades.

  Lá ela conhece (ou re-conhece) o belo Duque de Ashebury, que fica encantado pela misteriosa dama e decide que precisa fotografá-la. Na primeira noite nada acontece entre os dois, mas "Ashe" fica obcecado em encontrar a moça e se surpreende ao descobrir - afinal todas as dicas apontam para isso - que ela pode ser uma conhecida: a solteirona de língua afiada Minerva Dodger, que atrai alguns homens por seu dinheiro e espanta muitos com seu jeito nada delicado de ser.

  " É uma tolice, de fato, que o objetivo na vida de uma mulher seja conseguir um marido.
 - Qual é o seu objetivo, então?
 - O que eu quiser que seja." 

  Tentando unir o útil ao agradável, Ashe resolve cortejá-la pois, além de nunca ter conhecido uma garota tão encantadora e corajosa, sua própria situação financeira não está nada boa.





  Preciso dizer primeiro o quanto romances de época fazem e ao mesmo tempo não fazem o meu estilo. Vou tentar explicar... eu amo ler simplesmente pra suspirar, e acho que a grande maioria dos livros desse gênero cumpre o papel, seja ele embalado pelo clichê que for: o libertino redimido, o casal que se odeia, o casamento por conveniência, o amor que nasce de um fingimento, etc. Sério, consigo citar uns dez livros pra cada um desses temas aí. Mas o fato é que eu AMO um clichê romântico e eles são extremamente eficientes para o que eu busco: borboletas no estômago!

  Enfim, mesmo não sendo profundos, tendo os mesmos enredos e personagens de construção duvidosa, eu leio MUITO romance de época.

 Em Codinome Lady V não existe nada de inovador, mas ele cumpre seu papel de aquecer (e acelerar) nossos corações e nos deixar sorrindo que nem bobos.


 A Minerva não é meu tipo favorito de mocinha. Ainda que seja bocuda e ousada - pra mim, qualidades - ela tem aquele aspecto de mocinhas do gênero que eu não gosto, que é o fato de se achar horrorosa. Se acha horrorosa apesar dos lábios carnudos e macios, da pele de pêssego e do cabelo sedoso. Aham, Cláudia. Eu sei que problemas de auto estima existem e não são incomuns mas eu acho zzzZzZzz essas personagens. 

 Apesar disso a gente consegue gostar e torcer por ela, principalmente pela coragem que ela tem de mandar uma banana pra sociedade e seguir seu coração (ou talvez outra parte do corpo) ao decidir que quer experimentar os "prazeres da carne". 

  " - Estou solteira por escolha, porque me recuso a carregar o fardo que é um homem que não me ame. Tenho a sorte de ser abençoada com pais que não acreditam que meu único objetivo na vida é ser uma esposa."

  Ashe é o típico mocinho lindo de morrer, libertino e que por algum motivo se encanta com a protagonista "fora dos padrões". Mas aqui a gente até compra a ideia, porque existe o diferencial da Lady V. Minerva assume essa identidade e usa uma grande máscara no rosto, deixando visíveis apenas os olhos e lábios, então essa identidade é o pontapé inicial da relação, a razão para Ashe prestar atenção em Minerva, com quem já esteve e até conversou algumas vezes na vida. Eu gosto de ver como ela vai ganhando ele, que está determinado a provar para si mesmo (ele está quase 100% certo) que ela e Lady V são a mesma pessoa. 

 Somada à essa aura de mistério vem a dificuldade do duque com os números. Mas o que isso tem a ver, né? Ashe sofre com uma condição chamada discalculia (como se fosse uma dislexia, só que com números) e é incapaz de cuidar de suas finanças e gastos. Por isso ele se descobre quase pobre e precisa urgentemente de uma esposa rica e talvez até inteligente para ajudá-lo quanto à isso. Ora, Minerva seria perfeita. Ele então começa a cortejá-la fora do Clube Nightingale. O que poderia dar errado não é mesmo?





  Esse é o primeiro livro da série Os Sedutores de Havisham, nome pelo qual são conhecidos Ashe, os gêmeos Edward e Albert (hoje Conde), e Locksley, filho do Marquês de Marsden - por quem os três primeiros foram criados desde uns dez anos de idade após uma tragédia (essa um fato real) deixá-los órfãos. Cada livro contará a história de um desses rapazes.

  Preciso dizer que terminei Codinome Lady V - temos aqui um caso em que o nome traduzido é de muito melhor gosto do que o original - e já fui logo atrás de The Earl Takes All, o segundo volume, porque a história, que já é apresentada nesse, é protagonizada por um dos gêmeos com a esposa do outro. Ou seja... tiro, porrada, bomba e amor doído, claro. Mentira, tiro e porrada nem tanto, porque todo mundo sabe qual a saída mais fácil pra um escritor tirar um personagem do caminho, né? hahaha 

  Mesmo tendo lido vários romances de época esse foi meu primeiro contato com Lorraine Heath. Gostei! Fica então a dica pra quem quer suspirar com um romance fofo, leve e divertido.

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19 fevereiro 2018

Geek10 - A maior loja geek que você respeita!


A Geek10 é hoje a maior loja de Geek do Brasil, e você encontra diversos produtos geeks, nerds, criativos e divertidos, e claro você pode contar com uma variedade imensa de produtos dos mais variados temas e tipos.

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Na loja nerd mais legal de toda a galáxia eles parcelam suas compras em até 3x sem juros no cartão de crédito e o melhor, o envio é imediato para todo o Brasil.

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Visite o site da GEEK10 e você irá encontrar muito mais produtos tão criativos e divertidos quanto esses, corre lá!

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15 fevereiro 2018

Unboxing: Aquisições de Janeiro/2018.


Comprar é uma sensação muito boa ainda mais quando adquirimos aquilo que estávamos querendo há tempos. Particularmente quando eu compro livros compro a rodo e talvez esse pode ter sido o motivo pelo qual eu adoro fazer unboxing para os meus leitores e dar algumas dicas de leitura tal como também recebe-las.

Neste mês fiz algumas aquisições atrasadas de livros que eu estava namorando há séculos e alguns nem tanto, mas como qualquer bookholic compulsivo que inclui no carrinho de comprar e em sequência efetua o pagamento, eu fiz desta forma.

Portanto meus queridos, sinta o poder das imagens a seguir. São livros queridos e que em breve falarei sobre aqui no blog e promoverei sorteios também nunca se sabe!








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13 fevereiro 2018

O Conto da Aia, Margaret Atwood.


  "Escrito em 1985, o romance distópico O conto da aia, da canadense Margaret Atwood, tornou-se um dos livros mais comentados em todo o mundo nos últimos meses, voltando a ocupar posição de destaque nas listas do mais vendidos em diversos países. Além de ter inspirado a série homônima (The Handmaid’s Tale, no original) produzida pelo canal de streaming Hulu, a ficção futurista de Atwood, ambientada num Estado teocrático e totalitário em que as mulheres são vítimas preferenciais de opressão, tornando-se propriedade do governo, e o fundamentalismo se fortalece como força política, ganhou status de oráculo dos EUA da era Trump. Em meio a todo este burburinho, O conto da aia volta às prateleiras com nova capa, assinada pelo artista Laurindo Feliciano." The Handmaid's Tale  368 Páginas – Editora Rocco – Margaret Atwood – Ano 2006 (Originalmente em 1985).


                                                  O Conto da  Aia



  Offred, aos 33 anos, leva uma vida um tanto solitária e monótona. Isso se deve ao fato de que ela é uma aia na República de Gilead, local que um dia já foi os Estados Unidos da América.

  Em Gilead, controlada por uma facção católica num regime onde nenhuma mulher é dona de si, as aias são responsáveis por gerar filhos para casais poderosos onde a mulher não consegue engravidar.

 A protagonista nos relata, sem melindres, a vida daquelas de sua classe nessa nova realidade, aquelas que não passam de "úteros com pernas".

   "Conto, em vez de escrever, porque não tenho nada com que escrever e, de todo modo, escrever é proibido. Mas se for uma história, mesmo em minha cabeça, devo estar contando-a a alguém. Você não conta uma história apenas para si mesma. Sempre existe alguma outra pessoa. Mesmo quando não há ninguém. Uma história é como uma carta."





  Nem o nome da narradora nós sabemos. É claro que ela não se chama Offred, que tipo de nome seria esse? Sendo uma aia, Offred recebe apenas o prefixo Of + o nome de seu Comandante para ser identificada. 

  Os Comandantes são os homens poderosos do regime. Mulheres poderosas não existem, apesar de algumas invejarem o posto das Esposas, que são casadas com eles. Offred acredita que todas são infelizes à sua maneira, e nos apresenta mais intimamente Serena Joy, a esposa de seu Comandante.

 “ (...) Invejo a Esposa do Comandante por seu tricô. É bom ter pequenas metas que podem ser facilmente alcançadas. O que ela inveja em mim? Ela não fala comigo, a menos que não possa evitar. Sou uma vergonha para ela; e uma necessidade."

 Exceto pelo finalzinho, o livro é totalmente narrado por Offred, que faz observações de todo tipo sobre as pessoas e a realidade que a cercam: detalhistas, passageiras, irônicas, filosóficas...


 Ela divide-se entre relatos do presente e lembranças de um passado que parece há muito distante. Às vezes de um passado não tão distante, como a manhã daquele mesmo dia ou a hora do almoço. Por vezes passado e presente estão tão intercalados que chegamos a nos confundir.

  "Vivíamos, como de costume, por ignorar. Ignorar não é a mesma coisa que ignorância, você tem de se esforçar para fazê-lo. Nada muda instantaneamente: numa banheira que se aquece gradualmente você seria fervida até a morte antes de se dar conta."

  Os "nomes" (nem todo mundo tem nome aqui, né?) que mais vemos durante a história, além do Comandante e sua Esposa, são os de Cora e Rita, as Marthas (ou empregadas) da casa onde ela vive, que Offred até hoje não sabe se gostam dela ou se a suportam; Nick, o motorista do Comandante que possivelmente é um Olho (os espiões do governo) e com quem Offred se envolve; Moira, melhor amiga da protagonista da época da faculdade, que frequentou com ela o Centro Vermelho (uma espécide de centro de treinamento para se tornar aia) e de quem ela anseia por notícias; Ofwarren, Janine em outros tempos, descrita pela narradora como uma "víbora manhosa" hahaha; Ofglen, companheira de compras de Offred, o mais próximo de uma amiga que ela tem no momento; e Tia Lydia, responsável no Centro por sua "formação" de aia. As Tias são como monitoras e inspetoras das moças, andam até mesmo com aguilhões elétricos pra tocar gado, para manter a ordem no recinto e não deixar suas "vaquinhas" se dispersarem.

 Além disso, sempre em lembranças, temos a mãe de Offred, aparentemente uma feminista radical em outros tempos, o marido de Offred, Luke, e a filha deles - a grande motivação de Offred para passar por esse inferno, na esperança de vê-la de novo um dia. Como Offred era a segunda esposa de Luke, o casamento dos dois foi anulado e a filha enviada para um centro de adoção.








  É quase como um diário.

  A narrativa de Offred é permeada por um humor ácido e negro. Acho que nunca um livro se encaixou tão bem no termo "rir de nervoso". Fiz isso incontáveis vezes durante a leitura. 

 " Sento à pequena mesa, comendo creme de milho com um garfo. Tenho um garfo e uma colher, mas nunca uma faca. Quando há carne eles cortam para mim antes de trazer, como se me faltasse capacidade manual ou dentes. Tenho ambos, contudo. É por isso que não me permitem ter uma faca."

 Como já havia visto duas vezes a primeira temporada da série da Hulu, baseada nesse livro, fui com expectativas altas (preenchidas com sucesso) e preparada para o que ia encontrar. De fato, a série é bastante fiel mas todo o impacto que eu senti assistindo (acreditem, a adaptação é ainda mais forte) eu senti novamente lendo. Só queria sentar no cantinho e chorar.

  Recomendo sem pestanejar tanto o livro quanto a série, mas se eu fosse vocês esperaria até abril, quando estreia a segunda temporada (dia 25) pra não sofrer tanto por uma continuação dessa história tão impactante.

  Abençoado seja o fruto!

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12 fevereiro 2018

1922



Título: 1922
Direção: Zak Hilditch
Nacionalidade: Canadá
Idioma original: Inglês
Lançamento: 20 de outubro de 2017
Gênero: Suspense, Drama
Duração: 1h41min.


Wilfred James (Thomas Jane), até então um pacato fazendeiro, bola um plano macabro para solucionar o seu problema financeiro. Ele decide assassinar Arlette (Molly Parker), sua mulher. Mas, para conseguir fazer tudo direito, Wilfred precisa convencer Henry (Dylan Schmid), eu filho, a ajudá-lo.



Stephen King é sem sombra de dúvidas um ótimo escritor e tiramos prova disso com esta produção baseada em sua obra publicado em 2010 nos EUA. O filme retrata a história de Wilfred, Alette e Henry, uma família que enfrentam um problema financeiro, uma situação comum em diversas famílias, mas James decide bolar um outro plano para solucionar este impasse, acha que assassinando sua esposa os problemas se resolveriam, pois poderia administrar da forma que achasse preferível para a melhoria de suas finanças.

A priori imaginei que o cast não me ganharia, pois não me lembrava de ter visto os atores em algum outro filme ou até mesmo o enredo, por conter uma sinopse enxugada o bastante para te fazer pensar três vezes antes de assistir ao longa, contudo indo de colisão com esta dúvida sobre do que realmente se tratava um filme batizado de 1922, e ao que realmente significaria este ano? A exclamação falou mais alto que o meu senso de ver mais um episódio da minha serie favorita.



Terei de admitir que o elenco de fato impressiona com sua atuação, parece até que foram especialmente selecionados pelo destino para estes papéis, que lhe caíram muito bem por sinal. A rejeição do vilão interpretado por Thomas Jane é certeira considerando sua atuação impecável rica em expressão que à parte me deixou ter um certo desprezo pelo personagem que causa calafrios tendo em conta sua frieza.

A retratação da época quanto aos cenários e enredo foram muito bem estruturadas e implementadas na produção e finalização do filme demonstrando a qualidade tanto da obra escrita quanto do filme. O terror psicológico é a melhor parte de ter de apreciar as cenas de cada take.




1922 é um filme totalmente concreto em questão de detalhes da época em que é retratado e completamente passível de apreciação devido a sua riqueza dramática.

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11 fevereiro 2018

5 protagonistas de comédias românticas que são inspiradoras


  Nem só de casais vivem as comédias românticas e hoje eu vou listar 5 protagonistas femininas de filmes do gênero que reinam absolutas e não fazem de relacionamentos seu objetivo de vida. Muita gente não sabe, mas isso nem é tão incomum no gênero.


Sabrina Spellman, de Sabrina Vai à Roma

Melissa Joan Hart como Sabrina em Sabrina Goes to Rome (ABC/Viacom Productions, 1998)

Quem trocaria seus poderes fantásticos de bruxa por um carinha qualquer (lindo de morrer, tá) numa viagem? 
Apesar de seus sentimentos, isso não é dúvida em momento algum pra essa bruxinha decidida e corajosa. Sabrina sabe a que veio e o que quer da vida.
Eu amo essa personagem porque ela é descolada e ao mesmo tempo tem um coração de ouro. Exemplo!

 Do que se trata: Na continuação do filme teen Sabrina - A Bruxa Adolescente (por sua vez derivado da série Sabrina, Aprendiz de Feiticeira), com sua nova amiga Gwen (Tara Strong) e seu velho companheiro Salem (voz de Nick Bakay), Sabrina sabe aproveitar bem seu tempo em solo italiano: ela se diverte conhecendo museus e restaurantes, fazendo compras, além de viver um romance com o lindo Paul (Eddie Mills) e, é claro, usar seus poderes para ajudar os outros. Dessa vez, a grande missão de Sabrina é resgatar sua tia Sophie (Melissa Joan Hart), que há muito tempo atrás foi vítima de uma maldição após contar sobre seus poderes a um mortal. Xiii...


Mia Thermopolis, de O Diário da Princesa 2 - Casamento Real

Anne Hathaway como Mia Thermopolis em Princess Diaries 2: Royal Engagement (Walt Disney Pictures, 2004)

Já é difícil estar na posição de futura rainha aos 21 anos, mas ser obrigada a se casar antes da coroação é o fim. Mia só tem interesse em casamento se for por amor. Por que raios uma mulher precisa estar casada para ser rainha e um homem não? 
  A princesa nos faz rir e suspirar em suas tentativas de encontrar um marido (contra sua vontade) e manter as mãos de Lord Nicholas longe de sua coroa (e de outros lugares, sem tanto sucesso). Ela desafia as convenções sociais e o parlamento genoviano por querer governar sozinha e desafia até mesmo sua própria felicidade ao decidir que seu povo deve estar acima dela.

 Do que se trata: Cinco anos após os acontecimentos do primeiro filme (o teen O Diário da Princesa), em que Mia decide tornar-se a princesa de Genóvia, ela se muda para o palácio real de sua avó, Clarisse (Julie Andrews). É então informada de que não permanecerá como princesa por muito tempo, já que em breve terá que ser coroada rainha. No entanto, a legislação genoviana estabelece que as futuras rainhas devem se casar antes de serem empossadas no cargo e o Visconde Mabrey (John Rhys-Davies) garante que seu sobrinho, Lorde Nicholas Deveraux (Chris Pine) tem mais direito ao posto de rei do que Mia, já que é homem e cresceu em Genóvia. O parlamento então, dá a Mia 30 dias para se casar, ou Nicholas será coroado rei em seu lugar.


 Pippa McGee, de Cake - A Receita do Amor

Heather Graham é Philippa McGee em Cake (Téléfilm Canada, 2005)

 Eu amo a Pippa por ela ser uma mocinha não convencional. Ela defende aquilo em que acredita, mas a necessidade de aprovação do pai faz com que a moça coloque a felicidade dele acima de suas convicções. Claro que isso não a impede de fazer no início algumas "mudancinhas" que considera necessárias como editora na revista que assume. 
 Essa comédia romântica não tem nenhum tipo de revolução em si: é clichê, xuxu e extremamente subestimada, se querem saber. A Pippa está na lista porque ela tem personalidade e se mantém fiel àquilo que acredita. Mesmo apaixonada - Ian é um cavalheiro e gosta de verdade dela, o que a assusta - ela não "vira a casaca", como a maioria das mocinhas parecidas do gênero (que pregam uma coisa e fazem outra no final) mas ao mesmo tempo dá uma chance a seus sentimentos. Uma mocinha humana!

  Do que se trata: Pippa McGee odeia relacionamentos e é uma aventureira típica, em todas as áreas de sua vida. Ela ama a liberdade e adora o que faz: escrever sobre viagens. Além disso, não entende porque qualquer mulher de sua época cogita a hipótese de se casar o que, a seu ver, só limita a vida de alguém.
  Ao voltar de uma de suas viagens para ser - ironicamente - dama de honra de uma amiga, seu pai (Bruce Gray) viciado em trabalho tem um infarto. Pippa decide que apoiará o pai o máximo possível, já que ele é dono de uma editora responsável por várias revistas e que passa por dificuldades financeiras. É assim que ela acaba como editora-chefe da única revista que não tem nada a ver consigo: Wedding Bells.
  Lá, Pippa vai virar a vida dos colegas de cabeça pra baixo com suas ideias anti-casamento e, principalmente, testar a paciência de Ian Gray (David Sutcliffe), o executivo de grande confiança do pai. 


Summer, de (500) Dias Com Ela

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Zooey Deschanel como Summer em (500) Days of Summer (Fox Searchlight Pictures, 2009)

Essa por acaso precisa de apresentações? A Summer é um marco no que diz respeito ao protagonismo feminino nos filmes água com açúcar e gerou muita controvérsia quando esse filme foi lançado, tudo porque ela simplesmente não é obrigada!!!

 Do que se trata: Quando Tom (Joseph Gordon-Levitt), azarado escritor de cartões comemorativos e românticos sem esperanças, fica sem rumo depois de levar um fora da namorada Summer, ele volta a vários momentos dos 500 dias que passaram juntos para tentar entender o que deu errado.
Suas reflexões acabam levando-o a redescobrir suas verdadeiras paixões na vida.


Alice, de Como Ser Solteira

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Dakota Johnson é Alice em How to be Single (New Line Cinema/MGM, 2016)

  A Alice caiu nas minhas graças porque ela começa a história com determinado pensamento e atitude e amadurece muito durante o filme, precisando quebrar a cara algumas vezes para finalmente entender quem é o amor da vida dela. Acho-a muito inspiradora mesmo. Nesse caso, sejamos sim, todas Alice. 

 Do que se trata: Alice (Dakota Johnson) acabou de sair de um relacionamento de muitos anos e não sabe muito bem como agir sem outra metade. No escritório onde começa a trabalhar ela conhece Robin (Rebel Wilson), especialista na vida noturna de Nova York, que passa a ensiná-la como ser solteira.


   Mesmo sendo apaixonada pelo gênero (famoso por ser clichê, meloso, quase sempre terminando em bodas) e, inclusive, por várias protagonistas que nada tem a ver comigo, são essas as mocinhas que me inspiram. Esses filmes servem pra tirar um pouquinho a gente daquela zona "conto de fadas", entendem? Final de comédia romântica sem casamento é algo que eu particularmente amo e, com o perdão do spoiler, nenhum dos filmes acima termina no altar. 

  Apesar disso, dá pra suspirar muito e, pra não deixar ninguém muito triste, duas dessas protagonistas ficam sim com os mocinhos.

  E vocês... com quais mocinhas de rom-com se identificam?


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