30 janeiro 2018

Little Women


Kathryn Newton, Maya Hawke, Willa Fitzgerald, and Annes Elwy in Little Women (2017)

Título: Little Women
Nacionalidade: Reino Unido
Lançamento: 26 de dezembro de 2017
Gênero: Drama
Direção: Vanessa Caswill
3 episódios.
Emissora oficial: BBC


  "Durante a Guerra Civil americana, num vilarejo dos EUA, vive Marmee March (Emily Watson) com seu marido e suas quatro filhas: Meg (Willa Fitzgerald), Jo (Maya Hawke), Beth (Annes Elwy) e Amy (Kathryn Newton). Com o Sr. March (Dylan Baker) em campo de batalha, resta a essas pequenas mulheres se manterem unidas, seguindo em frente a qualquer custo e buscando a felicidade umas das outras."

  Impossível assistir e não se apaixonar por essas quatro irmãs sonhadoras! 

  É fato que nos apegamos mais à umas que à outras, sobretudo porque a história foca um pouco mais em Josephine March (ou Jo), a segunda filha. Ela é cheia de energia, força de vontade e tem paixão pela escrita. Uma personagem extremamente inspiradora em sua determinação. 



  A garotas March e a mãe - a quem elas chamam pelo nome - estão sozinhas em casa, fazendo o possível para sobreviver e darem suporte umas às outras durante a ausência do patriarca da família. Nesse momento é muito bem vinda às meninas a distração e o prazer da amizade com Laurie (Jonah Hauer-King), neto do vizinho delas (Sr. Laurence, interpretado por Michael Gambon) que passa a morar com o avô até sua ida para a faculdade. De todas, ele se torna mais próximo de Jo.

  Apesar de muito próximas, as irmãs são bem diferentes entre si: Meg, a mais velha, é muito boa, trabalha como governanta e é vaidosa; Jo tem uma personalidade forte, ama ler e escrever e sonha em encontrar seu lugar no mundo. Não permite que nada a derrube; Beth é a bondade em pessoa, procura ajudar a todos e é extremamente altruísta; A caçula Amy também é provida de uma personalidade marcante e não posso deixar de dizer que, ainda que ela tenha qualidades, se sobressai o fato de ser um tanto mimada e teimosa.

  Mesmo com tantas diferenças - tendo Marmee num início como sustentáculo - as garotas têm umas nas outras seus bens mais preciosos e juntas vão descobrindo as delícias e as dificuldades de se tornar as mulheres que almejam ser.





  Por se tratar da adaptação de um romance de formação (o clássico Mulherzinhas, de Louisa May Alcott) a história não gira em torno de um plot principal. Acompanhamos a vida dessas quatro garotas e o amadurecimento de cada uma delas. É lindo ver todos os altos e baixos dessa relação, pois as March, além de irmãs, são melhores amigas.

  Vemos Jo com mais frequência e ela é de fato a mais encantadora de todas as personagens. Seu amor pelas irmãs é feroz e sua coragem é inspiradora! 

  Me emocionei muito assistindo porque se trata do tipo de história que aquece o coração.

  

   A minissérie traz fortes questionamentos sobre o lugar ocupado pela mulher no século XIX - principalmente através da figura de Jo - e acho que serve como uma cutucada não só feminista, mas uma cutucada também no que diz respeito aos valores humanos: o que você faz para se tornar um ser humano melhor?

  Por isso mesmo, digo que Little Women é extremamente inspirador... nos vemos questionando nossa própria força e bravura quando somos colocados frente a frente com essas "mulherzinhas". Você termina a história querendo ser Jo March e enfrentar de cabeça erguida o que vier.

 Além das atuações e, é claro, dos cenários, somos arrebatados durante essas três horas com valiosas lições, que não seriam tão significativas se passadas por alguém que não essas pequenas mulheres.


   " - Podemos ser felizes igual éramos antes?
     - Igual não. Éramos crianças então e não somos mais."


  Obs: preciso dizer que tenho aqui um dos ships mais frustrados da minha vida! 

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29 janeiro 2018

Estrelas Além do Tempo.



Título: Estrelas Além do Tempo
Direção: Theodore Melfi
Nacionalidade: EUA
Idioma original: Inglês
Lançamento: 2 de fevereiro de 2017
Gênero: Drama, Biografia
Duração: 2h 07min.



1961. Em plena Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética disputam a supremacia na corrida espacial ao mesmo tempo em que a sociedade norte-americana lida com uma profunda cisão racial, entre brancos e negros. Tal situação é refletida também na NASA, onde um grupo de funcionárias negras é obrigada a trabalhar a parte. É lá que estão Katherine Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughn (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe), grandes amigas que, além de provar sua competência dia após dia, precisam lidar com o preconceito arraigado para que consigam ascender na hierarquia da NASA.



Katherine, Dorothy e Mary são grandes amigas, competentes e brilhantes em suas funções na NASA, - local onde trabalham e buscam ascensão para suas carreiras - enfrentando todos os dias problemas e preconceito, além dos diversos desafios passados em seus cargos. Elas se destacam pelo diferencial que oferecem a empresa, mas não crescem por terem a cor da pele diferente dos demais.


O preconceito explícito é um fator totalmente delicado, apesar do contexto da época em que o filme se passa. Tomei as dores das personagens e passei admira-las, não só como guerreiras, mas também como grandes mentes que tiveram papéis indispensáveis para a história global sendo brilhantes e justas.

Sempre tenho uma empatia forte pelos personagens dos filmes e livros que leio e vejo e desta vez não foi diferente, pois só de imaginar qual o sentimento que se tem ao entrar em uma sala onde todos os presentes se virem para te olhar como se houvesse algo de errado em ser negro é inaceitável e ridículo. A cada frame que se passou eu quis lutar a luta delas e ir correndo pelos seus filhos em um trabalho que amavam, mas em funções temporárias.


 O termo designado a elas eram “computadores negros”, e o contexto, bom vocês já sabem, banheiros separados, tal como até a cafeteira. Convido você a refletir que apesar de nossas lutas diárias em prol de causas como a retratada neste filme, do porque nós seres humanos ainda somos medíocres em nos diferenciar com base em etnia, cor da pele, orientação sexual, é algo ridículo e uma temática interessante de se retratar em filmes.


 Apreciação é a palavra certa para ilustrar o que senti ao ver este filme que por sua vez antes não me remetia interesse algum. Me surpreendi com as diversas lições a serem retiradas do filme e algumas delas são pessoais levando em conta a interpretação dos acontecimentos e atitudes de pessoas ao decorrer das cenas.

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26 janeiro 2018

As 5 melhores cenas de Oh My Venus


Oi oi oi. Olha eu aqui de novo indicando um dorama na forma mais eficaz: deixando um gostinho de quero mais com as minhas 5 cenas favoritas dele. Tarefa difícil escolher só 5!

  Do que se trata: Kang Joo Eun (Shin Min Ah) um dia já foi conhecida como "Vênus de Daegul" por sua beleza. Ela era adorada e invejada por todos na escola e um dia conquista o coração do também cobiçado Im Woo-Sik (Jung Gyu Woon). 
  Quinze anos depois, a moça se tornou uma advogada viciada em trabalho e sofrendo com sobrepeso. Ela leva um pé na bunda do namorado de longa data e descobre, para seu desespero, que sua mais nova chefe está saindo com ele. Para piorar a situação, a tal chefe é ninguém menos que sua ex-melhor amiga Oh Soo Jin (Yoo In Young) que já foi gordinha e agora está magérrima.
  Durante um voo, voltando dos EUA, Joo Eun passa mal e é socorrida por Kim Young Ho (So Ji Sub), um personal trainer que está fugindo dos holofotes americanos e que é obcecado por exercícios e saúde, e a quem a moça recorre para voltar a ser a "Vênus" de antigamente. 
  Young Ho começa a treiná-la de forma pesada confiante de que ela não aguentará e logo desistirá do treinamento, mas conforme as sessões passam, ele percebe que talvez haja algo de errado e Joo Eun esteja acima de peso porque sua saúde está em risco.

  Essa minissérie é sul-coreana e tem 16 episódios, dos quais vocês encontrarão  alguns spoilers aí embaixo. Então já sabem, né? Por conta e risco de vocês!


De onde saiu isso?

Episódio 5 (KBS2)

  Não há a menor possibilidade de você ter assistido esse drama e essa não ser a sua cena favorita!
Viro manteiga quando o Young Ho volta de viagem e fica encantado ao ver pela primeira vez a covinha da Joo Eun (cujo rosto emagreceu nesse tempo em que ele esteve fora).


Nostalgia

Episódio 12 (KBS2)

Pra falar a verdade fico em dúvida entre a cena anterior e essa aqui como favorita.
 Sendo bem sincera, essa não tem nada de mais, mas sou apaixonada por cenas que envolvem lembranças, e é o que temos aqui, quando, ao retornar à clínica para tirar suas medidas, a Joo Eun recorda de quando esteve lá pela última vez (e daí revemos uma cena do episódio 4) e pensa no quanto tudo mudou desde então.


    Pedido de casamento

Episódio 16 (KBS2)

Falo sério quando digo que casamentos me embrulham o estômago de tão brega que eu acho. E não é diferente com os pedidos. 
Mas eu definitivamente paguei a língua com esse aqui... nunca vi um pedido de casamento tão original e fofo! 
Babei.


Canção da saúde e da prosperidade

Episódio 16   (KBS2)

O pobre do Young Ho se vê numa saia justa quando, durante um almoço em família, a Joo Eun resolve apresentar uma música sobre envelhecimento para seu pai e sua avó (aqueles super simpáticos haha).
Morri de rir!


Vamos nos exercitar!

Episódio 16 (KBS2)

Eu não consigo imaginar um final melhor pra esse drama. Depois de um mês nos EUA Kim Young Ho volta e se depara com a Kang Joo Eun toda fofa igual no começo da história (não conseguia parar de rir, sério). Não é difícil imaginar o porquê da saliência, né?


  Engraçado que o "acima do peso" da Coreia ainda me parece muita magreza, mas como vocês devem saber (não sabiam? Clique aqui pra entender) os padrões de beleza lá são ainda mais rígidos do que aqui. Oh My Venus tenta quebrar, de forma sutil, esses padrões, e ainda tem um quê feminista (também de forma sutil, visto que a Coreia do Sul também é um país mais machista do que o Brasil). Ao contrário de grande parte das protagonistas de doramas, a Kang Joo Eun não é boba, é determinada e sua vida não gira ao redor de homens ou casamento.
  É claro que o romance é o foco (e quem acha que ele se apaixonou por ela somente depois que ela emagreceu, não prestou atenção), mas esse drama vai muito mais além apresentando o tema saúde, numa abordagem que chega a ser didática e por vezes inspiradora. Duvido que você não se sinta mais motivado depois de assistir.


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E com um personal desses, quem não fica cheio de energia? haha

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23 janeiro 2018

Call Me by Your Name, André Aciman.



  "Egyptian-born Aciman is the author of the acclaimed memoir Out of Egypt and of the essay collection False Papers. His first novel poignantly probes a boy's erotic coming-of-age at his family's Italian Mediterranean home. Elio—17, extremely well-read, sensitive and the son of a prominent expatriate professor—finds himself troublingly attracted to this year's visiting resident scholar, recruited by his father from an American university. Oliver is 24, breezy and spontaneous, and at work on a book about Heraclitus. The young men loll about in bathing suits, play tennis, jog along the Italian Riviera and flirt. Both also flirt (and more) with women among their circle of friends, but Elio, who narrates, yearns for Oliver. Their shared literary interests and Jewishness help impart a sense of intimacy, and when they do consummate their passion in Oliver's room, they call each other by the other's name. A trip to Rome, sanctioned by Elio's prescient father, ushers Elio fully into first love's joy and pain, and his travails set up a well-managed look into Elio's future. Aciman overcomes an occasionally awkward structure with elegant writing in Elio's sweet and sanguine voice." Call Me by Your Name  256 Páginas – Farrar, Straus and Giroux – André Aciman – Ano 2007.



                                                     Call Me by Your Name

   


  Elio é um jovem tímido, reservado, que ama ler mais do que qualquer outra coisa e vive na Riviera Italiana uma vida pacífica com seus pais.

 Seu pai, que é professor universitário, recebe todos os anos um estudante estrangeiro para orientar, e é assim que, num verão da década de 80, quando Elio tem 17 anos, sua vida será marcada para sempre pela presença de Oliver, um professor americano de 24 anos que fica hospedado em sua casa, ocupando muito mais espaço em sua mente do que apenas em seu quarto.


 Como é que eu começo a dizer que não tem como esse livro não ter sido escrito por alguém que não um adolescente? Aciman nos entrega uma narrativa em primeira pessoa, bastante instropectiva e passional. Em nenhum momento eu duvidei da própria existência do Elio - que sendo um adolescente irritável e cheio de hormônios, tinha horas que me estressava.



 Oliver chega e já bagunça totalmente a cabeça do garoto, que se sente extremamente atraído pelo rapaz sete anos mais velho e tenta a todo custo demonstrar o contrário. Depois chuta o balde e resolve ser sincero, depois volta a ignorá-lo...

 É mais ou menos assim que se porta o próprio Oliver. Elio fica transtornado por não ter ideia se é correspondido ou não, por não entender as pequenas dicas que Oliver dá (ou seria bom demais pra ser verdade?) e por, às vezes, não entender totalmente o que ele mesmo sente.


  Olhei para ele. Eu me sentia uma criança que, apesar de toda sorte de pedidos e avisos indiretos, é incapaz de lembrar aos pais que eles prometeram levá-la à loja de brinquedos. Não havia motivo para rodeios."*

 Certo dia o romance finalmente vai dos sonhos de Elio para a vida real. Eles se  entregam totalmente, sem pudor, e Elio vive intensamente, tendo certeza que nunca se sentirá novamente como se sentiu naquele verão...

  Algo inesperado pareceu acabar com a distância entre nós, e parecia não haver mais nenhuma diferença de idade, éramos apenas dois homens se beijando, e até isso pareceu se dissolver, me deixando com a sensação de que nem éramos dois homens, apenas dois seres."*

  O Elio é um adolescente mas já contempla a vida como um adulto de meia-idade. Suas reflexões e divagações são nossa forma de conhecer essa linda história de seu amor de verão.

  Ele vive num ambiente quase utópico para um adolescente: seus pais simplesmente não dizem não (mas porque o pai dele é o melhor personagem ever vocês terão que ler pra saber). Por conta disso, talvez, de acordo com ele mesmo, Elio nem saiba desobedecer.

  Quase sem amigos, apesar da presença constante de várias pessoas em sua casa, o garoto é muito inteligente e prefere a companhia dos livros. Apesar disso tem algumas pessoas com quem se relaciona e que são importantes para ele (inclusive uma namoradinha, Marzia).

  Oliver, por outro lado, é mais dado à amizades, agrada a todos e logo se torna inseparável de Vimini, vizinha de Elio de 10 anos que é muito perceptiva e tem leucemia.





  Percebemos desde o começo que um Elio mais velho nos relata os acontecimentos. A nostalgia permeia toda a história, assim como a sensualidade, que é descortinada de forma extremamente poética e nos faz sentir como pode ser intenso querer alguém.

  Claro que terminei a leitura em lágrimas. Falou "nostalgia", aí estou eu com meus lencinhos.

   " [...] Como fez naquela vez, olhe nos meus olhos, sustente meu olhar e me chame pelo seu nome."*


Me Chame Pelo Seu Nome
Intrínseca, 2018
  O livro acabou de ser lançado no Brasil em português por conta da adaptação cinematográfica (que chegou no país semana passada) estrelada por Timothee Chalamet e Armie Hammer (respectivamente como Elio e Oliver). Eu já assisti ao filme, que foi dirigido pelo italiano Luca Guadagnino, e está maravilhoso. Mas sim, o livro é ainda melhor.


* (Citações com tradução de Alessandra Esteche - Intrínseca, 2018)

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17 janeiro 2018

É horcrux que você quer? Confira o lançamento de Voldemort: Origins of the Heir.

foto: http://www.tryanglefilms.com/
  No último sábado (13/01/2018) acompanhamos o lançamento da produção "Voldemort Origins of the Heir", feita por fãs de Harry Potter e inspirada pelo sexto livro da saga. O nome do grupo é Tryangle Films composto por vinte e quatro fãs do universo HP.

 O material tem uma entrega digna de seguidores do trabalho de nossa querida J.K. Rowling - criadora de todo este ilustre universo - e impressiona a quem o assite simplesmente por ser um conteúdo único, pois você já deve ter se perguntado o que o tio Voldi fez para chegar a este estágio de feiura e ruindade, mas mesmo assim ser um dos vilões mais topens que existe nos cinemas. Pois bem, este longa é a resposta para a sua dúvida com um toque certeiro de qualidade.

foto: http://www.tryanglefilms.com/

 Com um orçamento apenas de R$ 15.000,00 dólares podemos ver que a qualidade está perfeita, pois para uma produção deste porte é preciso uma gestão bem feita e o crew do projeto mandou bem assim como o cast.

foto: http://www.tryanglefilms.com/


 Se você ainda não sabia sobre o lançamento e quer conferir veja o trailer e se delicie com as imagens que te faram ficar pirado com a produção.


Gostou? Então vem conferir o filme completo clicando aqui.

Título: Voldemort Origins of the Heir
Lançamento: 13 de janeiro de 2018
Direção: Gianmaria Pezzato
Gênero: Fantasia, Aventura
Nacionalidade: Reino Unido
Duração: 52min.

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15 janeiro 2018

Um Útero é do Tamanho de um Punho, Angélica Freitas.


  "Em seu segundo livro, a gaúcha Angélica Freitas reúne 35 poemas marcados por uma visão crítica extremamente original, animada por um humor que deixa o leitor em suspenso entre a seriedade e o riso. Os versos precisos revelam o domínio da poeta sobre a linguagem.
  Um útero é do tamanho de um punho tem a mulher como centro temático: procurando definir que figura feminina é essa que nossa cultura trata de desenhar e que se desconstrói incessantemente, a autora questiona de um lado o mundo, de outro a própria identidade."
 Um Útero é do Tamanho de um Punho  96 Páginas – Cosac Naify – Angélica Freitas – Ano 2012.



                                                     Resultado de imagem para um utero é do tamanho de um punho 
  

   Há quem diga que não existe mais diferença no tratamento entre homens e mulheres nos dias de hoje.  
  Com um humor ácido, a poetisa gaúcha Angélica Freitas nos traz reflexões acerca do papel feminino na sociedade contemporânea.



  Os poemas de Ribeiro denunciam e ironizam várias situações vividas pelo gênero feminino ainda nos dias hoje, onde muita gente acredita que há igualdade entre os sexos.


"o que será que ela quer
essa mulher de vermelho
alguma coisa ela quer
  pra ter posto esse vestido"


 Dividido em 7 partes, temos textos que exploram o cotidiano e vão da desigualdade e do preconceito de gêneros (inclusive sobre transexualidade) ao empoderamento. É sobretudo um discurso de mulher pra mulher.

  A autora consegue estabelecer com a leitora (sim, pois se você for homem, não vai se identificar mesmo) um diálogo bacana que nos aproxima dela e de certa forma, umas das outras.


Ah, referências...

  Seu corpo é seu? O que você tem perdido/ganhado/vivido simplesmente por ser mulher?

  Recomendo pela reflexão, pelas risadas (e lágrimas) e por se tratar de um grito (na verdade o livro é tão leve que está mais pra um sussurro) de igualdade de mulher brasileira pra mulher brasileira.
  Pro inferno com os padrões!

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As 4 leituras insatisfatórias de 2017.


 Apesar do ano de 2018 já estar na terceira semana e as listinhas de 2017 estarem dando lugar a outros tipos de postagens resolvi fazer esta seleção de quatro leituras que apesar de serem bem construídas em alguns aspectos, foram insatisfatórias para mim no ano de 2017.

 Desde já deixo bem claro que não é uma afronta, ofensa e nem desmerecimento ao trabalho dos escritores dos livros que estão na seleção, pois as opiniões normalmente divergem umas das outras e estes foram selecionados com base em meu aval crítico explícitos nas resenhas.

SACRAMENTO “Não leia este livro se não estiver disposto a passar a madrugada imerso no rio de suas palavras. Deixe-o para quem deseja se entregar à sua trama como um apaixonado, à fluidez dessa obra envolvente e um tanto, original. Leitor, deixe-me apresentar: Essa é a história de William, o amigo que todo suicida precisa. De Anderson, o psicopata do bem. Marina, a mulher que amou demais. E Johnny Sacramento, o homem que (quase) morreu três vezes”. Páginas: 400 – Novos Talentos da Literatura Brasileira – Felipe Cangussu  – Ano 2013 – Ficção/Suspense




EU NÃO SABIA “O que você faria se descobrisse segredos sobre o passado de seus pais? Após perder a mãe, Vivian se depara com achados no notebook da jornalista. Bailarina que mora em Nova Iorque, Vivian mergulha em cartas, mensagens, fotografias cuidadosamente arquivadas além de registros que Débora organizava para um livro. Obcecada pelo que lê, Vivian conta com o apoio à distância da melhor amiga, Patrícia, bailarina brasileira que conheceu em Nova Iorque. Nas idas e vindas de Vivian para entender quem foi sua mãe, ela própria refaz sua trajetória de vida”. | Páginas: 158 - Chiado Editora - Neta Mello - 2016 - Ficção.


O HISTÓRICO INFAME DE FRANKIE LANDAU-BANKS Aos catorze anos, Frankie Landau-Banks era uma garota comum, um pouco nerd, que frequentava a Alabaster, uma escola tradicional e altamente competitiva. Mas tudo muda durante as férias. Na volta às aulas para o segundo ano, o corpo de Frankie havia se desenvolvido, e ela havia adquirido muito mais atitude. Logo ela chama a atenção de Matthew Livingston, o cara mais popular do colégio, que se torna seu novo namorado e a apresenta ao seu círculo de amigos do último ano. Então Frankie descobre que Matthew faz parte de uma lendária sociedade secreta - a Leal Ordem dos Bassês -, que organiza traquinagens pela escola e não permite que garotas se juntem ao grupo. Mas Frankie não aceitará um "não" como resposta. Esperta, inteligente e calculista, ela dará um jeito de manipular a Leal Ordem e levantará questionamentos sobre gênero e poder, indivíduos e instituições. E ainda tentará descobrir se é possível se apaixonar sem perder a si mesma”.344 Páginas – Editora Seguinte – E. Lockhart  – Ano 2013 – Ficção/YA.


LEON “Quando seu mundo se expande tão rápido que você precisa se reinventar e correr para acompanhá-lo. Quando, de repente, parece que toda a sorte resolveu te acompanhar de uma só vez. Quando os sentimentos mais ocultos afloram em explosão, no momento em que não se julga preparado. Tudo isso e mais um pouco aconteceu com o pacato Leon. Leão, para os íntimos, é filho de lavradores do interior paulista e conseguiu, por esforço próprio, uma aprovação no concorrido vestibular de Medicina da UFRJ. Trocou o campo pela viciante confusão do Rio de Janeiro e seus personagens. Logo no início da faculdade conheceu Arthur, um rico amigo que o abraçou como membro da família. Em pouco tempo, Leon foi convidado a frequentar e morar de frente para o mar, numa das coberturas mais caras da Barra da Tijuca. Tudo parecia tão fácil e perfeito, que o lado imperfeito ficou com inveja. Arthur, sua mãe e irmã – de apenas 14 anos - iniciaram um jogo de sedução particular com o belo e cativante Leon que, inseguro, se enrolava cada vez mais nas teias dessa gente dominadora. Confuso entre sentimentos verdadeiros e descartáveis, além da própria sexualidade, ele se apaixonou pelo amigo, mas vive o dilema dramático de se afastar dessa família que tanto o transformou e, por conseguinte, do próprio Arthur, com medo que este descubra seus sórdidos segredos.
Nada é tão simples assim na escola da vida. Leon teve de amadurecer à força e tomar decisões que transformariam de vez sua história. O peso de cada escolha era o novo e diferente caminho a seguir. O que fazer?
Este livro trata dos sentimentos e dúvidas verdadeiros de pessoas comuns em busca da felicidade. Trajetórias de altos e baixos que afloram o autoconhecimento, trancafiando ou libertando de vez o leão enjaulado em cada um de nós”. Páginas: 236 – Chiado Editora – Felipe Sales Mariotto – Ano 2015 – Ficção

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