Little Women
Título: Little Women
Lançamento: 26 de dezembro de 2017
Gênero: Drama
Direção: Vanessa Caswill
3 episódios.
Emissora oficial: BBC
"Durante a Guerra Civil americana, num vilarejo dos EUA, vive Marmee March (Emily Watson) com seu marido e suas quatro filhas: Meg (Willa Fitzgerald), Jo (Maya Hawke), Beth (Annes Elwy) e Amy (Kathryn Newton). Com o Sr. March (Dylan Baker) em campo de batalha, resta a essas pequenas mulheres se manterem unidas, seguindo em frente a qualquer custo e buscando a felicidade umas das outras."
Impossível assistir e não se apaixonar por essas quatro irmãs sonhadoras!
É fato que nos apegamos mais à umas que à outras, sobretudo porque a história foca um pouco mais em Josephine March (ou Jo), a segunda filha. Ela é cheia de energia, força de vontade e tem paixão pela escrita. Uma personagem extremamente inspiradora em sua determinação.
A garotas March e a mãe - a quem elas chamam pelo nome - estão sozinhas em casa, fazendo o possível para sobreviver e darem suporte umas às outras durante a ausência do patriarca da família. Nesse momento é muito bem vinda às meninas a distração e o prazer da amizade com Laurie (Jonah Hauer-King), neto do vizinho delas (Sr. Laurence, interpretado por Michael Gambon) que passa a morar com o avô até sua ida para a faculdade. De todas, ele se torna mais próximo de Jo.
Apesar de muito próximas, as irmãs são bem diferentes entre si: Meg, a mais velha, é muito boa, trabalha como governanta e é vaidosa; Jo tem uma personalidade forte, ama ler e escrever e sonha em encontrar seu lugar no mundo. Não permite que nada a derrube; Beth é a bondade em pessoa, procura ajudar a todos e é extremamente altruísta; A caçula Amy também é provida de uma personalidade marcante e não posso deixar de dizer que, ainda que ela tenha qualidades, se sobressai o fato de ser um tanto mimada e teimosa.
Mesmo com tantas diferenças - tendo Marmee num início como sustentáculo - as garotas têm umas nas outras seus bens mais preciosos e juntas vão descobrindo as delícias e as dificuldades de se tornar as mulheres que almejam ser.
Por se tratar da adaptação de um romance de formação (o clássico Mulherzinhas, de Louisa May Alcott) a história não gira em torno de um plot principal. Acompanhamos a vida dessas quatro garotas e o amadurecimento de cada uma delas. É lindo ver todos os altos e baixos dessa relação, pois as March, além de irmãs, são melhores amigas.
Vemos Jo com mais frequência e ela é de fato a mais encantadora de todas as personagens. Seu amor pelas irmãs é feroz e sua coragem é inspiradora!
Me emocionei muito assistindo porque se trata do tipo de história que aquece o coração.
A minissérie traz fortes questionamentos sobre o lugar ocupado pela mulher no século XIX - principalmente através da figura de Jo - e acho que serve como uma cutucada não só feminista, mas uma cutucada também no que diz respeito aos valores humanos: o que você faz para se tornar um ser humano melhor?
Por isso mesmo, digo que Little Women é extremamente inspirador... nos vemos questionando nossa própria força e bravura quando somos colocados frente a frente com essas "mulherzinhas". Você termina a história querendo ser Jo March e enfrentar de cabeça erguida o que vier.
Além das atuações e, é claro, dos cenários, somos arrebatados durante essas três horas com valiosas lições, que não seriam tão significativas se passadas por alguém que não essas pequenas mulheres.
" - Podemos ser felizes igual éramos antes?
- Igual não. Éramos crianças então e não somos mais."
Obs: preciso dizer que tenho aqui um dos ships mais frustrados da minha vida!
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